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Ibovespa fecha em queda com ceticismo em relação a Barbosa

A bolsa paulista fechou em queda pelo segundo pregão seguido, com o Ibovespa renovando mínima desde 2009

Bovespa: índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,62 por cento, a 43.199 pontos, menor nível desde 1º de abril de 2009 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 18h03.

São Paulo  - A bolsa paulista fechou em queda pelo segundo pregão seguido nesta segunda-feira, com o Ibovespa renovando mínima desde 2009, com investidores céticos em relação ao discurso do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa , de que o foco da política econômica será o ajuste fiscal e a redução da inflação.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,62 por cento, a 43.199 pontos, menor nível desde 1º de abril de 2009. Este foi o primeiro pregão com horário ampliado em uma hora, que vai se estender até o dia 11 de março.

O volume financeiro da sessão somou 8,2 bilhões de reais, inflado pelo exercício dos contratos de opções que expiraram nesta segunda-feira.

O Ibovespa chegou a subir 0,7 por cento pela manhã, amparado no quadro externo favorável, mas reverteu o rumo e firmou-se no vermelho após declarações de Barbosa em teleconferência com investidores e findo o exercício dos contratos de opções sobre ações na primeira etapa do dia.

"Barbosa terá um enorme desafio em convencer o mercado financeiro de que não tem a intenção de retomar o que ficou conhecido como 'nova matriz econômica'", destacou a administradora de recursos Icatu Vanguarda, em relatório a clientes. De acordo com o chefe da área de renda variável de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado, "dado o histórico de Barbosa, ele não tem o benefício da dúvida", e por isso a reação do mercado.

Durante a teleconferência, antes da posse no final da tarde, o novo ministro, que substitui Joaquim Levy, repetiu o compromisso com a meta de superávit primário equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e defendeu a reforma da Previdência, considerada "crítica".

No exterior, a alta das ações da Apple e de papéis do setor hospitalar, após dados mostrando que mais norte-americanos aderiram ao programa de seguro saúde subsidiado, conhecido como Obamacare, sustentavam Wall Street no azul.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com as preferenciais em baixa de 5,41 por cento, em meio à debilidade dos preços do petróleo, com o Brent chegando a cair à mínima em mais de 11 anos.

=VALE encerrou com as preferenciais de classe A em queda de 6,53 por cento, revertendo os ganhos da manhã, o que também pesou no índice, apesar da quarta alta seguida do preço do minério de ferro na China. =BRADESCO caiu 2,90 por cento, também pressionando o índice, em meio às incertezas com a mudança no comando do Ministério da Fazenda, em meio a um quadro econômico fragilizado. Na mesma linha, ITAÚ UNIBANCO cedeu 1,86 por cento e BANCO DO BRASIL desabou 6,52 por cento.

=GOL caiu 5,08 por cento, entre as maiores quedas, conforme o dólar saltou quase 2 por cento, voltando a ser negociado acima de 4 reais. =GRUPO PÃO DE AÇÚCAR perdeu 4,17 por cento, pressionado pelo anúncio de sua subsidiária Cnova de que está avaliando possíveis irregularidades na conduta de colaboradores relacionadas à gestão de estoques no Brasil.

=AMBEV subiu 1,12 por cento, respondendo por relevante contrapeso, dada sua fatia elevada na composição do Ibovespa, sendo considerado um papel defensivo em um ambiente de incertezas.

=USIMINAS saltou 5,52 por cento, entre as maiores altas, após queda de 4,6 por cento na sexta-feira.

=KROTON EDUCACIONAL avançou 2,88 por cento, a 10 reais, também recuperando-se de queda de mais de 8 por cento na sexta-feira. O Credit Suisse publicou amplo relatório sobre o setor de educação, reiniciando cobertura de Kroton com recomendação "neutra" e preço-alvo de 12 reais.

=CEMIG fechou em alta de 1,65 por cento, se recuperando da queda de quase 1,5 por cento na mínima da sessão, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli conceder nesta segunda-feira liminar que autoriza a mineira a continuar operando a hidrelétrica de Jaguara, cuja concessão está vencida, segundo nota publicada no site da corte.

Texto atualizado às 19h03

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São Paulo  - A bolsa paulista fechou em queda pelo segundo pregão seguido nesta segunda-feira, com o Ibovespa renovando mínima desde 2009, com investidores céticos em relação ao discurso do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa , de que o foco da política econômica será o ajuste fiscal e a redução da inflação.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,62 por cento, a 43.199 pontos, menor nível desde 1º de abril de 2009. Este foi o primeiro pregão com horário ampliado em uma hora, que vai se estender até o dia 11 de março.

O volume financeiro da sessão somou 8,2 bilhões de reais, inflado pelo exercício dos contratos de opções que expiraram nesta segunda-feira.

O Ibovespa chegou a subir 0,7 por cento pela manhã, amparado no quadro externo favorável, mas reverteu o rumo e firmou-se no vermelho após declarações de Barbosa em teleconferência com investidores e findo o exercício dos contratos de opções sobre ações na primeira etapa do dia.

"Barbosa terá um enorme desafio em convencer o mercado financeiro de que não tem a intenção de retomar o que ficou conhecido como 'nova matriz econômica'", destacou a administradora de recursos Icatu Vanguarda, em relatório a clientes. De acordo com o chefe da área de renda variável de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado, "dado o histórico de Barbosa, ele não tem o benefício da dúvida", e por isso a reação do mercado.

Durante a teleconferência, antes da posse no final da tarde, o novo ministro, que substitui Joaquim Levy, repetiu o compromisso com a meta de superávit primário equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e defendeu a reforma da Previdência, considerada "crítica".

No exterior, a alta das ações da Apple e de papéis do setor hospitalar, após dados mostrando que mais norte-americanos aderiram ao programa de seguro saúde subsidiado, conhecido como Obamacare, sustentavam Wall Street no azul.

DESTAQUES

=PETROBRAS fechou com as preferenciais em baixa de 5,41 por cento, em meio à debilidade dos preços do petróleo, com o Brent chegando a cair à mínima em mais de 11 anos.

=VALE encerrou com as preferenciais de classe A em queda de 6,53 por cento, revertendo os ganhos da manhã, o que também pesou no índice, apesar da quarta alta seguida do preço do minério de ferro na China. =BRADESCO caiu 2,90 por cento, também pressionando o índice, em meio às incertezas com a mudança no comando do Ministério da Fazenda, em meio a um quadro econômico fragilizado. Na mesma linha, ITAÚ UNIBANCO cedeu 1,86 por cento e BANCO DO BRASIL desabou 6,52 por cento.

=GOL caiu 5,08 por cento, entre as maiores quedas, conforme o dólar saltou quase 2 por cento, voltando a ser negociado acima de 4 reais. =GRUPO PÃO DE AÇÚCAR perdeu 4,17 por cento, pressionado pelo anúncio de sua subsidiária Cnova de que está avaliando possíveis irregularidades na conduta de colaboradores relacionadas à gestão de estoques no Brasil.

=AMBEV subiu 1,12 por cento, respondendo por relevante contrapeso, dada sua fatia elevada na composição do Ibovespa, sendo considerado um papel defensivo em um ambiente de incertezas.

=USIMINAS saltou 5,52 por cento, entre as maiores altas, após queda de 4,6 por cento na sexta-feira.

=KROTON EDUCACIONAL avançou 2,88 por cento, a 10 reais, também recuperando-se de queda de mais de 8 por cento na sexta-feira. O Credit Suisse publicou amplo relatório sobre o setor de educação, reiniciando cobertura de Kroton com recomendação "neutra" e preço-alvo de 12 reais.

=CEMIG fechou em alta de 1,65 por cento, se recuperando da queda de quase 1,5 por cento na mínima da sessão, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli conceder nesta segunda-feira liminar que autoriza a mineira a continuar operando a hidrelétrica de Jaguara, cuja concessão está vencida, segundo nota publicada no site da corte.

Texto atualizado às 19h03
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