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Ibovespa fecha em queda com aversão a risco global

O principal índice da Bovespa fechou com a maior queda percentual diária desde abril hoje

Bovespa: o Ibovespa caiu 3,32 por cento, a 49.422 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 17h49.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou com a maior queda percentual diária desde o início de abril nesta sexta-feira, pressionado pelo ambiente de aversão a risco no exterior, revertendo os ganhos acumulados na semana até a véspera.

O Ibovespa caiu 3,32 por cento, a 49.422 pontos. com todas as 59 ações do índice no vermelho. Foi a maior queda percentual desde 4 de abril deste ano, quando o índice fechou em baixa de 3,5 por cento.

O volume financeiro do pregão somou 5,16 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa contabilizou perda de 2,37 por cento.

Até a quinta-feira, acumulava elevação de 0,99 por cento na semana.

A apreensão com o crescimento mundial e o potencial resultado de referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia fortaleceram o dólar globalmente, debilitando commodities, como o petróleo , o que, por sua vez, pressionou as bolsas mundiais.

Na visão do gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, houve um grande movimento de realização de lucros no mercado externo, após alguns ativos tocarem máximas em períodos relevantes durante a semana, o que contaminou o pregão brasileiro.

Na cena doméstica, o último pregão da semana não trouxe divulgações econômicas relevantes ou novos ruídos políticos, favorecendo o foco das atenções no ambiente internacional.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as ações ordinárias em baixa de 6,13 por cento e as preferenciais com recuo de 4,36 por cento, alinhadas à queda dos preços do petróleo. Petroleiros de várias unidades da companhia estão em greve desde o fim da noite de quinta-feira, em uma paralisação de 24 horas contra o governo do presidente interino Michel Temer e o plano de venda de ativos da estatal, mas não há expectativas de paradas de produção.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 4,8 por cento e as ordinárias recuando 4,78 por cento, com o quadro externo adverso endossando nova realização de lucro nas ações da mineradora brasileira. A Vale, a Samarco e outra empresa, além de 8 pessoas, foram indiciada pela Polícia Federal após conclusão do inquérito sobre crimes ambientais decorrentes do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) em novembro do ano passado.

- USIMINAS caiu 10,05 por cento, pior desempenho do índice, com o setor siderúrgico com um todo sofrendo com o aumento da aversão a risco. O grupo siderúrgico Techint anunciou na quinta-feira que subscreveu ações adicionais a que tem direito no aumento de capital da Usiminas e que mantém intenção de ficar com eventuais sobras da operação que tem como objetivo levantar 1 bilhão de reais para a companhia.

- ITAÚ UNIBANCO recuou 5,12 por cento e BRADESCO perdeu 3,99 por cento, em sessão de fortes perdas no setor bancário, também contaminado pelo ambiente global negativo.

- EMBRAER perdeu 5,04 por cento, após a fabricante de jatos anunciar na noite de quinta-feira uma inesperada troca no comando da companhia, que a partir de julho será presidida por Paulo Cesar de Souza e Silva no lugar de Frederico Curado.

- ELETROBRAS , que não está no Ibovespa, fechou com as ações ordinárias em baixa de 2,98 por cento e as preferenciais com decréscimo de 2,46 por cento. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta sexta-feira que a situação da estatal de energia é "insustentável" e exigirá uma revisão do tamanho e do papel da empresa no país.

Texto atualizado às 17h49

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São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou com a maior queda percentual diária desde o início de abril nesta sexta-feira, pressionado pelo ambiente de aversão a risco no exterior, revertendo os ganhos acumulados na semana até a véspera.

O Ibovespa caiu 3,32 por cento, a 49.422 pontos. com todas as 59 ações do índice no vermelho. Foi a maior queda percentual desde 4 de abril deste ano, quando o índice fechou em baixa de 3,5 por cento.

O volume financeiro do pregão somou 5,16 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa contabilizou perda de 2,37 por cento.

Até a quinta-feira, acumulava elevação de 0,99 por cento na semana.

A apreensão com o crescimento mundial e o potencial resultado de referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia fortaleceram o dólar globalmente, debilitando commodities, como o petróleo , o que, por sua vez, pressionou as bolsas mundiais.

Na visão do gestor Marco Tulli Siqueira, da mesa de operações de Bovespa da Coinvalores, houve um grande movimento de realização de lucros no mercado externo, após alguns ativos tocarem máximas em períodos relevantes durante a semana, o que contaminou o pregão brasileiro.

Na cena doméstica, o último pregão da semana não trouxe divulgações econômicas relevantes ou novos ruídos políticos, favorecendo o foco das atenções no ambiente internacional.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as ações ordinárias em baixa de 6,13 por cento e as preferenciais com recuo de 4,36 por cento, alinhadas à queda dos preços do petróleo. Petroleiros de várias unidades da companhia estão em greve desde o fim da noite de quinta-feira, em uma paralisação de 24 horas contra o governo do presidente interino Michel Temer e o plano de venda de ativos da estatal, mas não há expectativas de paradas de produção.

- VALE fechou com as preferenciais em queda de 4,8 por cento e as ordinárias recuando 4,78 por cento, com o quadro externo adverso endossando nova realização de lucro nas ações da mineradora brasileira. A Vale, a Samarco e outra empresa, além de 8 pessoas, foram indiciada pela Polícia Federal após conclusão do inquérito sobre crimes ambientais decorrentes do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) em novembro do ano passado.

- USIMINAS caiu 10,05 por cento, pior desempenho do índice, com o setor siderúrgico com um todo sofrendo com o aumento da aversão a risco. O grupo siderúrgico Techint anunciou na quinta-feira que subscreveu ações adicionais a que tem direito no aumento de capital da Usiminas e que mantém intenção de ficar com eventuais sobras da operação que tem como objetivo levantar 1 bilhão de reais para a companhia.

- ITAÚ UNIBANCO recuou 5,12 por cento e BRADESCO perdeu 3,99 por cento, em sessão de fortes perdas no setor bancário, também contaminado pelo ambiente global negativo.

- EMBRAER perdeu 5,04 por cento, após a fabricante de jatos anunciar na noite de quinta-feira uma inesperada troca no comando da companhia, que a partir de julho será presidida por Paulo Cesar de Souza e Silva no lugar de Frederico Curado.

- ELETROBRAS , que não está no Ibovespa, fechou com as ações ordinárias em baixa de 2,98 por cento e as preferenciais com decréscimo de 2,46 por cento. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta sexta-feira que a situação da estatal de energia é "insustentável" e exigirá uma revisão do tamanho e do papel da empresa no país.

Texto atualizado às 17h49

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