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Ibovespa fecha em baixa, mas encerra semana com ganho de 3%

O Ibovespa recuou 1,18 por cento, a 47.153 pontos, encerrando, ainda assim, a semana em alta de 3,14 por cento

Bovespa: a bolsa brasileira acentuou perdas na parte da tarde e fechou em queda nesta sexta (.)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 18h10.

São Paulo - A bolsa brasileira acentuou perdas na parte da tarde e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado repercutindo o resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre e em movimento de ajuste após acumular alta de quase 8 por cento em três dias.

O Ibovespa recuou 1,18 por cento, a 47.153 pontos, encerrando, ainda assim, a semana em alta de 3,14 por cento.

O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais. O índice teve uma sessão volátil nesta sexta-feira, após uma semana conturbada em que caiu forte na segunda-feira, pressionado por preocupações sobre a economia chinesa, avançando nos três pregões seguintes ao pegar carona em um movimento global de recuperação.

"Passamos por um período de queda muito forte, depois de alta muito grande. O mercado está se assentando, o que é normal depois de um período tão turbulento", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, sobre o pregão desta sexta-feira. Além de números nada animadores da economia doméstica, a Bovespa reagiu nesta sessão a comentários do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, sugerindo que uma alta do juro dos Estados Unidos no mês que vem permanece como uma possibilidade, o que é negativo para os mercados acionários.

Por aqui, o PIB do Brasil contraiu 1,9 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores e 2,6 por cento na comparação anual, baixa maior que a esperada pelo mercado.

Nesse contexto de fraqueza econômica, estrategistas do BTG Pactual cortaram suas estimativas consolidadas de lucro para as companhias brasileiras neste ano em 10 por cento contra projeções feitas em abril.

No campo político, parlamentares e empresários criticaram duramente a possibilidade de um retorno da CPMF, proposta que estaria em estudo pelo governo federal.

Destaques

Petrobras: ajudou a diminuir as perdas do mercado com ganho de 1,24 por cento nos papéis PN e de 1,18 por cento nas ações ON, em linha com o avanço dos preços do petróleo. As ações da estatal tiveram na véspera suas maiores valorizações desde fevereiro após a commodity fechar em alta superior a 10 por cento. Nesta sexta, os papéis da estatal também foram alvo de movimento de cobertura de posições vendidas, o que agregou volatilidade, disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Itaú Unibanco: recuou 2,86 por cento, maior pressão de baixa do Ibovespa devido ao seu peso no índice. O Conselho do banco aprovou na véspera a renovação de programa de compra de ações, autorizando a diretoria a adquirir até 11 milhões de ações ordinárias e até 50 milhões de papéis preferenciais.

BRF: teve variação positiva de 0,28 por cento, após o Conselho aprovar programa de recompra de até 14,5 milhões de ações da companhia, correspondentes a 1,7 por cento do capital social da empresa.

Estácio Participações e Kroton: Os papéis do setor de educação caminharam em direção oposta, com Estácio em alta de 1,65 por cento e Kroton caindo 3,72 por cento. Segundo matéria no jornal Valor Econômico, o Ministério da Educação (MEC) está analisando a aplicação de um reajuste de 8,5 por cento nas mensalidades pagas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no próximo ano. Participantes do mercado comentaram que, de qualquer maneira, é bem possível que o reajuste do MEC fique abaixo da inflação.

CPFL Energia recuou 3,2 por cento, ficando entre as maiores quedas do dia, após a Aneel ter aprovado a redução de 18 por cento no valor adicional cobrado dos consumidores de energia na vigência das bandeiras tarifárias vermelhas. Segundo o analista Daniel Bermudez, da Quantitas Asset Management, a notícia é marginalmente negativa, pois deixa o fluxo de caixa das distribuidoras mais pressionado.

Texto atualizado às 18h10

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São Paulo - A bolsa brasileira acentuou perdas na parte da tarde e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado repercutindo o resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre e em movimento de ajuste após acumular alta de quase 8 por cento em três dias.

O Ibovespa recuou 1,18 por cento, a 47.153 pontos, encerrando, ainda assim, a semana em alta de 3,14 por cento.

O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais. O índice teve uma sessão volátil nesta sexta-feira, após uma semana conturbada em que caiu forte na segunda-feira, pressionado por preocupações sobre a economia chinesa, avançando nos três pregões seguintes ao pegar carona em um movimento global de recuperação.

"Passamos por um período de queda muito forte, depois de alta muito grande. O mercado está se assentando, o que é normal depois de um período tão turbulento", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, sobre o pregão desta sexta-feira. Além de números nada animadores da economia doméstica, a Bovespa reagiu nesta sessão a comentários do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, sugerindo que uma alta do juro dos Estados Unidos no mês que vem permanece como uma possibilidade, o que é negativo para os mercados acionários.

Por aqui, o PIB do Brasil contraiu 1,9 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores e 2,6 por cento na comparação anual, baixa maior que a esperada pelo mercado.

Nesse contexto de fraqueza econômica, estrategistas do BTG Pactual cortaram suas estimativas consolidadas de lucro para as companhias brasileiras neste ano em 10 por cento contra projeções feitas em abril.

No campo político, parlamentares e empresários criticaram duramente a possibilidade de um retorno da CPMF, proposta que estaria em estudo pelo governo federal.

Destaques

Petrobras: ajudou a diminuir as perdas do mercado com ganho de 1,24 por cento nos papéis PN e de 1,18 por cento nas ações ON, em linha com o avanço dos preços do petróleo. As ações da estatal tiveram na véspera suas maiores valorizações desde fevereiro após a commodity fechar em alta superior a 10 por cento. Nesta sexta, os papéis da estatal também foram alvo de movimento de cobertura de posições vendidas, o que agregou volatilidade, disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil.

Itaú Unibanco: recuou 2,86 por cento, maior pressão de baixa do Ibovespa devido ao seu peso no índice. O Conselho do banco aprovou na véspera a renovação de programa de compra de ações, autorizando a diretoria a adquirir até 11 milhões de ações ordinárias e até 50 milhões de papéis preferenciais.

BRF: teve variação positiva de 0,28 por cento, após o Conselho aprovar programa de recompra de até 14,5 milhões de ações da companhia, correspondentes a 1,7 por cento do capital social da empresa.

Estácio Participações e Kroton: Os papéis do setor de educação caminharam em direção oposta, com Estácio em alta de 1,65 por cento e Kroton caindo 3,72 por cento. Segundo matéria no jornal Valor Econômico, o Ministério da Educação (MEC) está analisando a aplicação de um reajuste de 8,5 por cento nas mensalidades pagas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no próximo ano. Participantes do mercado comentaram que, de qualquer maneira, é bem possível que o reajuste do MEC fique abaixo da inflação.

CPFL Energia recuou 3,2 por cento, ficando entre as maiores quedas do dia, após a Aneel ter aprovado a redução de 18 por cento no valor adicional cobrado dos consumidores de energia na vigência das bandeiras tarifárias vermelhas. Segundo o analista Daniel Bermudez, da Quantitas Asset Management, a notícia é marginalmente negativa, pois deixa o fluxo de caixa das distribuidoras mais pressionado.

Texto atualizado às 18h10
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