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Ibovespa fecha em baixa de 0,34% puxado por resultados de bancos

Bolsa paulista encerrou o pregão a 95.842,40 pontos com influência das ações bancárias se sobrepondo ao desempenho da Vale e da Petrobras

Bolsa: Ibovespa fechou a 95.842,40 pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa: Ibovespa fechou a 95.842,40 pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 18h11.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2019 às 18h52.

O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, em uma sessão volátil, puxado pelo fraco desempenho das ações de bancos, que se sobrepôs à influência positiva de Petrobras e ValeO vencimento de exercício dos contratos de opções sobre índice e de futuros ditou volatilidade e catapultou o giro financeiro.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,34 por cento, a 95.842,40 pontos. O volume financeiro da sessão somou 47,2 bilhões de reais.

Investidores seguiram acompanhando as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, com sinalizações dos envolvidos abrindo espaço para apostas de avanço, incluindo a possibilidade de prorrogar o prazo para um acordo. Em Wall Street, os três principais índices tinham valorização.

Da cena doméstica, notícias sobre a reforma da Previdência permaneceram no radar, com a saída do presidente Jair Bolsonaro do hospital alimentado expectativas de avanço no andamento do tema, considerado crucial para melhorar o quadro fiscal do país.

Na visão do gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, a falta de uma definição na bolsa decorre da expectativa de retorno do presidente e de que forma ele poderá auxiliar nas articulações sobre a reforma da Previdência.

"É fato que nas últimas semanas o mercado passou por um choque de realidade com relação às expectativas de uma rápida tramitação da reforma", avaliou, ponderando, contudo, que os resultados corporativos têm sido neutros ou levemente positivos.

"Dessa forma, para um novo rali, é preciso evoluções mais concretas nas articulações sobre a reforma da Previdência. Ainda não está claro qual é o tamanho e a fidelidade da base desse novo governo", acrescentou.

Destaques

- VALE subiu 2,69 por cento, tendo de pano de fundo acordo da mineradora com a prefeitura de Vitória (ES) para retomar operações em porto, além de declarações do secretário de desburocratização e desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, de que o atual governo deverá "reprivatizar" a empresa, que tem entre seus controladores fundos de pensão patrocinados pelo governo.

- PETROBRAS PN avançou 1,28 por cento, acompanhando a alta dos preços do petróleo no exterior, com o contrato Brent fechando em alta.

- BANCO DO BRASIL caiu 2,27 por cento, entre as maiores quedas, antes da divulgação do resultado do quarto trimestre prevista para antes da abertura do mercado na quinta-feira. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,28 por cento, BRADESCO PN cedeu 1,55 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT perdeu 1,81 por cento.

- BRF perdeu 3,2 por cento, após anunciar recall de cerca de 464 toneladas de carne de frango in natura destinadas aos mercados doméstico e internacional por suspeita de contaminação pela bactéria salmonella. A medida atinge Japão, China, Kuweit, Gana, Barein, Gâmbia, Omã, Angola e Cuba.

- LOJAS RENNER cedeu 3,2 por cento, em dia negativo do setor de varejo. LOJAS AMERICANAS PN caindo 2,06 por cento e MAGAZINE LUIZA recuou 2,1 por cento. O IBGE divulgou mais cedo que as vendas no varejo brasileiro caíram 2,2 por cento em dezembro ante novembro, enquanto, na base anual, subiram 0,6 por cento.

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