Ibovespa fecha em alta de 0,14% em dia de influências externas
O ganho reduzido e o volume financeiro de R$ 8,1 bilhões mostraram que o dia não chegou a ser de entusiasmo
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de outubro de 2017 às 19h14.
São Paulo - As influências positivas do cenário internacional deram o tom dos negócios na bolsa brasileira, que voltou a ter ganhos nesta sexta-feira, 20, embora bastante modestos.
A perspectiva de avanço da reforma tributária nos Estados Unidos e as altas dos preços das commodities foram os principais vetores da alta do Índice Bovespa , que chegou a 0,90% pela manhã, mas perdeu fôlego e terminou o dia em 0,14%, aos 76.390,51 pontos.
O ganho reduzido e o volume financeiro de R$ 8,1 bilhões mostraram que o dia não chegou a ser de entusiasmo.
A aprovação do projeto de orçamento fiscal no Senado dos Estados Unidos, na noite de quinta-feira, fortaleceu as chances de aprovação da reforma tributária do presidente Donald Trump e animou os mercados globais desde cedo.
Em seu twitter, Trump comentou que "isso agora permite a aprovação de cortes de impostos em larga escala (e reforma), que serão as maiores do nosso país!".
Com o avanço de Trump no campo político, apesar do placar apertado (51 votos a 49), as bolsas de Nova York subiram com força e renovaram seus recordes históricos, o que estimulou o apetite por risco nos mercados emergentes. As commodities também contribuíram.
O minério de ferro subiu no mercado à vista chinês. O petróleo chegou a enfrentar momentos de instabilidade, mas firmou-se em alta à tarde.
As ações ordinárias da Vale chegaram a subir mais de 2% mais cedo, mas perderam fôlego nos minutos finais e fecharam em baixa de 0,15%. Já Petrobras ON e PN, fecharam com altas de 0,30% e 0,43%, respectivamente.
"Foi um pregão sem novidades no cenário doméstico, o que conduziu a atenção do investidor para os eventos esperados para a próxima semana", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença corretora.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram de Eletrobras PNB (+5,93%) e Eletrobras ON (+5,40%), que responderam a sinalizações do governo sobre como será a privatização da estatal.
A alta das ações da Eletrobras não se estendeu ao setor elétrico, que teve viés de baixa, na contramão do restante do mercado.
A desaceleração da bolsa no final do dia foi considerada um comportamento normal para uma sexta-feira, com investidores realizando lucros do intraday.
As ações do setor financeiro, grupo de maior relevância na composição do índice, estiveram entre as que se desaceleraram.
Bradesco PN perdeu 0,50% de seu valor, enquanto Itaú Unibanco cedeu 0,20%. A exceção foi Banco do Brasil ON, com alta de 0,89%.