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Ibovespa fecha em alta com recuperação do petróleo

O principal índice da Bovespa fechou em alta após forte queda na véspera

BM&FBovespa: Ibovespa subiu 2,57 por cento, a 39.588 pontos (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 18h33.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, após forte queda na véspera, com as ações do Bradesco entre os destaques de alta, após o segundo maior banco privado do país cancelar operação para aumento de capital de 3 bilhões de reais.

O Ibovespa subiu 2,57 por cento, a 39.588 pontos. O volume financeiro somou 6,29 bilhões de reais.

Na véspera, o índice de referência do mercado acionário brasileiro despencou 4,87 por cento, maior queda percentual desde agosto de 2011.

A recuperação na bolsa paulista ainda teve como suporte o avanço dos preços do petróleo, amparado na queda do dólar após dados econômicos mais fracos dos Estados Unidos, que prevaleceu sobre a alta em estoques da commodity.

Wall Street também ajudou, com os índices acionários norte-americanos ensaiando uma recuperação no final do pregão brasileiro.

DESTAQUES

- BRADESCO fechou com as preferenciais em alta de 4,82 por cento e as ações ordinárias avançando 6,32 por cento, após seu Conselho de Administração decidir cancelar aumento de capital da instituição financeira no valor de 3 bilhões de reais. Analistas do Itaú BBA avaliam que a decisão tende a ser negativa no longo prazo, do ponto de vista do capital, mas que, no curto prazo, poderia haver pressão de compra das ações. Isso porque alguns dos investidores poderiam estar adotando a estratégia de ficar vendidos nos papéis do banco e comprados nos direitos de subscrição.

- ITAÚ UNIBANCO avançou 4,13 por cento, endossando a recuperação na Bovespa, após forte perda na véspera, de quase 9 por cento, quando perspectivas do maior banco privado do país repercutiram mal entre investidores. Em teleconferência nesta quarta-feira, o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal, disse que o cenário econômico adverso no país pode fazer o lucro do banco cair ao redor de 20 por cento em 2016.

- VALE acompanhou a melhora do segmento de commodities, fechando com avanço de 5,94 por cento nas preferenciais de classe A, após o papel registrar a maior queda percentual desde 2008 na véspera, e recuar à mínima desde 2004. Na China, o preço do minério de ferro no mercado à vista subiu para uma máxima de mais de dois meses.

- PETROBRAS também experimentou recuperação, com as ações preferenciais subindo 4,42 por cento, na esteira do forte avanço dos preços do petróleo. A agência de classificação de risco Standard & Poor's manteve nesta quarta-feira o rating em escala global da companhia em "BB", mas com perspectiva negativa, citando dificuldades da Petrobras em melhorar sua estrutura de capital e manter sua liquidez.

- KLABIN encerrou com acréscimo de 2,6 por cento, após resultado trimestral da fabricante de papel mostrar lucro e Ebitda acima das expectativas do mercado, com o aumento das vendas para o exterior. Analistas do Credit Suisse afirmaram que ainda enxergam a Klabin como uma companhia defensiva, com demanda resiliente e flexibilidade para exportar, além de perspectivas de crescimento do Ebitda.

- CEMIG encerrou com ganho de 4 por cento, após recuar 8,6 por cento na mínima e avançar 7,8 por cento na máxima da sessão. No radar esteve a aprovação de injeção de até 240 milhões de reais na controlada Renova Energia, que investe em usinas renováveis. Para o Bradesco BBI, o efeito do aporte pela Cemig na operação é neutro para as ações. O Itaú BBA afirmou que o movimento é exatamente o oposto do que os analistas da casa acreditam que a empresa deveria fazer: "focar no processo de desalavancagem".

- QUALICORP recuou 2,62 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa, diante da chance de o governo flexibilizar os reajustes e as regras de planos de saúde individuais, conforme reportagem do Valor Econômico. Isso significaria mais concorrência para a operadora de planos de saúde. O BTG Pactual, contudo, afirmou que ainda não espera alterações diruptivas.

Texto atualizado às 19h32

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O Ibovespa subiu 2,57 por cento, a 39.588 pontos. O volume financeiro somou 6,29 bilhões de reais.

Na véspera, o índice de referência do mercado acionário brasileiro despencou 4,87 por cento, maior queda percentual desde agosto de 2011.

A recuperação na bolsa paulista ainda teve como suporte o avanço dos preços do petróleo, amparado na queda do dólar após dados econômicos mais fracos dos Estados Unidos, que prevaleceu sobre a alta em estoques da commodity.

Wall Street também ajudou, com os índices acionários norte-americanos ensaiando uma recuperação no final do pregão brasileiro.

DESTAQUES

- BRADESCO fechou com as preferenciais em alta de 4,82 por cento e as ações ordinárias avançando 6,32 por cento, após seu Conselho de Administração decidir cancelar aumento de capital da instituição financeira no valor de 3 bilhões de reais. Analistas do Itaú BBA avaliam que a decisão tende a ser negativa no longo prazo, do ponto de vista do capital, mas que, no curto prazo, poderia haver pressão de compra das ações. Isso porque alguns dos investidores poderiam estar adotando a estratégia de ficar vendidos nos papéis do banco e comprados nos direitos de subscrição.

- ITAÚ UNIBANCO avançou 4,13 por cento, endossando a recuperação na Bovespa, após forte perda na véspera, de quase 9 por cento, quando perspectivas do maior banco privado do país repercutiram mal entre investidores. Em teleconferência nesta quarta-feira, o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal, disse que o cenário econômico adverso no país pode fazer o lucro do banco cair ao redor de 20 por cento em 2016.

- VALE acompanhou a melhora do segmento de commodities, fechando com avanço de 5,94 por cento nas preferenciais de classe A, após o papel registrar a maior queda percentual desde 2008 na véspera, e recuar à mínima desde 2004. Na China, o preço do minério de ferro no mercado à vista subiu para uma máxima de mais de dois meses.

- PETROBRAS também experimentou recuperação, com as ações preferenciais subindo 4,42 por cento, na esteira do forte avanço dos preços do petróleo. A agência de classificação de risco Standard & Poor's manteve nesta quarta-feira o rating em escala global da companhia em "BB", mas com perspectiva negativa, citando dificuldades da Petrobras em melhorar sua estrutura de capital e manter sua liquidez.

- KLABIN encerrou com acréscimo de 2,6 por cento, após resultado trimestral da fabricante de papel mostrar lucro e Ebitda acima das expectativas do mercado, com o aumento das vendas para o exterior. Analistas do Credit Suisse afirmaram que ainda enxergam a Klabin como uma companhia defensiva, com demanda resiliente e flexibilidade para exportar, além de perspectivas de crescimento do Ebitda.

- CEMIG encerrou com ganho de 4 por cento, após recuar 8,6 por cento na mínima e avançar 7,8 por cento na máxima da sessão. No radar esteve a aprovação de injeção de até 240 milhões de reais na controlada Renova Energia, que investe em usinas renováveis. Para o Bradesco BBI, o efeito do aporte pela Cemig na operação é neutro para as ações. O Itaú BBA afirmou que o movimento é exatamente o oposto do que os analistas da casa acreditam que a empresa deveria fazer: "focar no processo de desalavancagem".

- QUALICORP recuou 2,62 por cento, entre as poucas quedas do Ibovespa, diante da chance de o governo flexibilizar os reajustes e as regras de planos de saúde individuais, conforme reportagem do Valor Econômico. Isso significaria mais concorrência para a operadora de planos de saúde. O BTG Pactual, contudo, afirmou que ainda não espera alterações diruptivas.

Texto atualizado às 19h32
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