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Ibovespa fecha em alta de 1% após STF negar habeas corpus a Lula

O Ibovespa fechou em alta de 1,01 por cento, a 85.209 pontos. Na máxima da sessão, o índice subiu 2,12 por cento, acima dos 86 mil pontos

Ibovespa: giro financeiro somou 13,13 bilhões de reais (Germano Lüdes/Exame)

Ibovespa: giro financeiro somou 13,13 bilhões de reais (Germano Lüdes/Exame)

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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2018 às 17h14.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 17h41.

São Paulo - O principal índice acionário da bolsa paulista ganhou fôlego nesta quinta-feira e fechou em alta após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o petista mais próximo de ser preso.

O Ibovespa fechou em alta de 1,01 por cento, a 85.209 pontos. Na máxima da sessão, o índice subiu 2,12 por cento, acima dos 86 mil pontos. O giro financeiro somou 13,13 bilhões de reais.

O viés positivo persistiu durante toda a sessão, uma vez que muitos investidores aguardavam a decisão do STF para desmontar suas posições defensivas e alocar seus recursos em ativos de maior risco.

O exterior também ajudou a trazer alívio no pregão, com a diminuição de temores sobre uma guerra comercial entre Estados Unidos e China.

No entanto, apesar dos ganhos desta quinta-feira, profissionais de renda variável ainda veem a volatilidade como uma constante do mercado de agora em adiante, conforme o país se aproxima das eleições e o cenário segue bastante indefinido.

"Traz um alívio (a decisão do STF), mas ainda vai ter muito estresse ao longo do ano... O que ajudou bastante no começo do ano foi o investidor estrangeiro, que agora está meio cauteloso", disse o estrategista-chefe da empresa de análise Levante, Rafael Bevilacqua.

Destaques

PETROBRAS PN subiu 3,78 por cento e PETROBRAS ON avançou 2,73 por cento, embaladas pelo bom humor no mercado como um todo, e com os preços do petróleo no mercado externo em leve alta.

- RUMO ON ganhou 5,23 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, após a equipe do Credit Suisse elevar o preço-alvo dos papéis para 16 reais, ante 15,50 reais, destacando que prevê forte resultado no primeiro semestre. A recomendação para os papéis é "outperform".

- GERDAU PN subiu 6,71 por cento, liderando os ganhos do índice, com o setor siderúrgico se beneficiando do arrefecimento das preocupações sobre uma guerra comercial entre EUA e China. CSN teve alta de 3,14 por cento e USIMINAS PNA avançou 0,76 por cento.

- VALE ON ganhou 1,65 por cento, tendo como pano de fundo notícias sobre vendas de ações da empresa. Na véspera, uma fonte disse à Reuters que a Previ, fundo de previdência dos empregados do Banco do Brasil, não deve vender suas ações da Vale em oferta pública este ano. Além disso, o jornal O Estado de S.Paulo informou nesta quinta-feira que uma questão tributária adiou a transferência das ações da mineradora detidas pela Litel Participações, que reúnes os papéis de Previ, Funcef, Petros e Funcesp na companhia, para os respectivos fundos de pensão.

- CYRELA ON avançou 3,68 por cento, também entre os destaques positivos, engatando uma recuperação após cair mais de 2 por cento em cada um dos dois pregões anteriores. - ITAÚ UNIBANCO PN perdeu fôlego ao longo do dia e fechou com alta de 0,2 por cento, após subir 2,69 por cento na máxima da sessão. BANCO DO BRASIL ON ganhou 2,92 por cento e SANTANDER UNIT subiu 0,43 por cento.

- BRADESCO PN fechou com ganho de 0,31 por cento, ao final de uma sessão volátil. Os papéis ON do banco, com menor peso no Ibovespa, caíram 1,87 por cento e fecharam a 34,05 reais, em dia de leilão no qual o japonês Mitsubishi UFJ Financial Group vendeu ações ordinárias do banco brasileiro, segundo informou uma fonte à Reuters. Conforme a fonte, as ações foram vendidas por 33,82 reais e o banco japonês reduziu sua participação no Bradesco para cerca de 1,25 por cento, ante 2,5 por cento.

 

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