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Ibovespa sobe 2,6% e tem 5ª alta seguida, com vacina; dólar apaga perdas

Dólar, que chegou a tocar 5,226 reais na mínima do dia, zerou as perdas, fechando a 5,391 reais, na esteira do movimento do Dollar Index

Bolsa: índices de ações chegam a disparar mais de 8% no exterior (Jesada Wongsa/Getty Images)

Bolsa: índices de ações chegam a disparar mais de 8% no exterior (Jesada Wongsa/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 10h23.

Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 18h32.

A euforia tomou as mesas de negociação do mercado financeiro mundial nesta segunda-feira, 9, após o último resultado da potencial vacina da Pfizer contra o coronavírus e eleição de Joe Biden nos Estados Unidos. No mercado brasileiro, o Ibovespa subiu 2,57% para 103.515 pontos, fechando no maior patamar desde 6 de agosto. Na máxima do dia, avançou 4,18%, indo para 105.146 pontos. Essa foi a quinta alta consecutiva do índice, que acumula no período ganhos de mais de 10%.

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Já o dólar, que chegou a tocar 5,226 reais na mínima do dia, apagou as perdas e fechou com baixa de 0,04%, vendido a 5,391 reais, acompanhando o movimento do Dollar Index (DXY), índice que compara a moeda a uma cesta de divisas fortes como euro, libra e iene, que passou a virar para alta pouco antes do meio dia. Por sua vez, os contratos de juros futuros mantiveram sua trajetória de queda desde a abertura, com os vencimentos médios e longos recuando cerca de 10 pontos percentuais.

Em sua primeira análise sobre a última fase de testes, a Pfizer informou que sua vacina teve eficácia de 90% após a segunda dose. Os testes foram feitos com 43.538 voluntários. O pedido de aprovação emergencial da vacina deve ser solicitado à agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) ainda neste mês.

Logo após a divulgação dos resultados preliminares, os principais índices de ações do mundo entraram em forte alta. Na Europa, o índice francês CAC 40 fechou com alta de 7,57%, enquanto o Stoxx600 subiu 3,98%. Nos EUA, o índice Dow Jones e S&P 500 avançaram 2,95% e 1,17%, respectivamente. Já o Nasdaq caiu 1,53%, quebrando uma sequência de cinco altas, com investidores realizando ganhos em papéis de tecnologia e migrando para nomes que foram mais atingidos pela pandemia.

"As empresas de tecnologia se beneficiaram muito com o coronavírus. Teve mais home office, as pessoas acabaram consumindo mais esses produtos. Agora, com a vacina, elas perdem um pouco de força”, afirma Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

 

Nas bolsas mundo a fora, ações de empresas que dependem mais do fim da pandemia para a normalização dos negócios, como companhias aéreas e varejistas de comércio físico dispararam. Na Alemanha, os papéis da Lufthansa dispararam 20% e os da Air France, na França, 27%.

No Brasil, as ações das aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) avançaram 19,94% e 18,43%, respectivamente, figurando como a primeira e segunda maior valorização do Ibovespa hoje. A agência de turismo CVC Brasil (CVCB3) também teve alta de 10,46%. Na terceira maior colocação do índice, apareceram os papéis da Lojas Renner (LREN3), com alta de 14,51%.

A expectativa de que a vacina ajude a normalizar o consumo global também impulsiona o preço do barril de petróleo, que dispara cerca de 10% no mercado internacional de futuros. A alta puxa para cima as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que suiram mais de 9% e ajudaram a impulsionar o Ibovespa. Em pontos, os papéis da estatal apareciam como as maiores contribuições para o desempenho do índice hoje, assim como os grandes bancos, que vinham com desempenho fraco no ano, mas apresentam na sessão forte valorização. Os papéis do Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiram mais de 8%.

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