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Ibovespa vira para alta com exterior após ata do Fed

Apesar do tom duro, documento trouxe alívio para investidores ao indicar manutenção do ritmo de alta dos juros

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de maio de 2022 às 10h34.

Última atualização em 25 de maio de 2022 às 16h46.

Ibovespa hoje: o principal índice da bolsa brasileira acompanha o mercado americano e passa a operar em terreno positivo nesta quarta-feira, 25, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), realizada no último dia 4 de maio.

  • Ibovespa: + 0,15%, 110.746 pontos

O documento não trouxe muitas novidades em relação ao que foi dito na última reunião, que aumentou a taxa em 0,5 pontos percentuais (p.p.). O tom foi duro, mas em linha com o esperado por investidores, que reagiram positivamente à divulgação. Nos Estados Unidos, os três principais índices operam em forte alta.

  • Dow Jones (EUA): + 0,78%
  • S&P 500 (EUA): + 1,13%
  • Nasdaq (EUA): + 1,67%

      O documento mostrou que as autoridades do Fed veem a necessidade de aumentar rapidamente a taxa de juros para conter as recentes pressões inflacionárias, porém, as elevações devem manter o ritmo de 0,5 p.p., afastando a preocupação de um ajuste mais apertado, de 0,75 p.p., já na próxima reunião. 

      A expectativa de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, é de que ocorram novas altas de 0,5 p.p. em todas as reuniões do ano, encerrando 2022 na faixa de 3,5%. “É um ritmo que fica bem claro após essa ata, alinhando as expectativas”, afirmou.

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      A busca por títulos do Tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo, segue em alta, com a migração de ativos de risco para defensivos. O dólar, que caiu por dois dias no mundo após falas da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, voltou a subir contra moedas desenvolvidas. Contra o real, no entanto, a moeda americana opera perto da estabilidade, com o real buscando acompanhar a melhora da bolsa.

      • Dólar comercial: + 0,07%, R$ 4,809

      Destaques da bolsa

      Ações da Petrobras se recuperam das perdas do último pregão, marcado pela reação de investidores à nova troca de comando na estatal. Mas a alta é insuficiente para impedir a queda do Ibovespa.

      • Petrobras (PETR3): + 1,66%
      • Petrobras (PETR4): + 1,11%

      Na ponta negativa, as ações de empresas financeiras superam 3%. Grandes bancos, com grande peso no índice, exercem pressão contrária neste pregão.

      • Banco Pan (BPAN4): - 5,41%
      • Banco Inter (BIDI11): - 3,82%
      • Banco do Brasil (BBAS3): - 2,35%

      Entre as maiores altas o destaque estão com as ações da MRV, que saltam cerca de 5%, após recomendação do Credit Suisse. Os analistas do banco decidiram ainda um novo preço-alvo para a ação, passando de R$ 15 para R$ 16, o que representa um potencial de valorização (upside) de 12%. O valor considera o preço de fechamento da véspera, quando a ação era negociada a R$ 9,40.

      • MRV (MRVE3): + 5,32%
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