Exame Logo

Ibovespa cai 1,15%; PIB – 0,6%…

O plano 2017 Em discurso no fim da tarde desta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles apresentou o Orçamento para 2017, que prevê um déficit primário de 139 bilhões de reais. Para fechar a conta, em junho, o governo havia anunciado que seria necessário um “esforço arrecadatário” de 55,4 bilhões de reais. Nesta quarta-feira […]

BOLSA: a matemática continua sendo uma força motriz poderosíssima para o mercado, e em 2017 deve empurrá-lo para cima / Alexandre Battibugli
DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 19h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h51.

O plano 2017

Em discurso no fim da tarde desta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles apresentou o Orçamento para 2017, que prevê um déficit primário de 139 bilhões de reais. Para fechar a conta, em junho, o governo havia anunciado que seria necessário um “esforço arrecadatário” de 55,4 bilhões de reais. Nesta quarta-feira Meirelles esclareceu que, o crescimento de 1,6% da economia em 2017, previsto pelo governo, deve gerar um aumento de receitas de 26 bilhões de reais. Além disso, o governo pretende arrecadar outros 24 bilhões de reais com concessões e permissões. Em junho, já estavam previstos 5,6 bilhões de reais em concessões, de modo que a nova estimativa soma mais 18,4 bilhões de reais. O ministro informou ainda que o governo efetuará uma redução de 5,3 bilhões de reais em despesas para fechar os 55,4 bi, que incluem a venda de ações e dividendos de estatais.

Veja também

Impeachment não anima bolsa

O término do processo de impeachment, ao contrário do que previam muitos analistas, não trouxe uma euforia na bolsa. O Ibovespa ficou quase todo o dia no campo negativo e fechou o pregão com queda de 1,15% a 57.901 pontos. Analistas atribuíram o movimento a uma realização de lucros. Teve influência também a queda das bolsas americanas e do preço do petróleo. Em nota divulgada após a conclusão do impeachment, o presidente do banco Santander no brasil, Sérgio Rial afirmou que é preciso “tolerância, para reduzir a distância dos polos ideológicos, e urgência, para tomar as medidas necessárias para que o país saia da crise o mais rapidamente possível”. Entre as ações mais negociadas, os papéis preferenciais da Petrobras caíram 1,8% e os da Vale recuaram 4,6%.

Selic em 14,25%

O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, confirmando a expectativa do mercado. Em comunicado, o Copom condicionou a redução da taxa Selic à queda da inflação e à redução da incerteza sobre o ajuste fiscal proposto pelo governo Temer. A e a expectativa de especialistas, divulgada no último boletim Focus, divulgado na segunda-feira 29, é que a taxa termine o ano em 13,75%.

Negociação com Petro

O governo espera concluir até o fim do ano a renegociação do contrato de cessão onerosa com a Petrobras o que poderia implicar em perdas ou ganhos para a estatal ou União. A cessão onerosa foi assinada com a Petrobras em 2010, no processo de capitalização da companhia, e garantiu a ela o direito de explorar 5 bilhões de barris sem licitação em troca de ações da empresa. Cada barril foi cedido à Petrobras por 8,51 dólares – na época, o barril estava na casa dos 70 dólares e o contrato já previa uma renegociação. Em caso de queda nos preços, o governo teria que indenizar a estatal. Em caso de aumento, a estatal pagaria à União. Entre 2010 e 2016, os preços subiram para 100 dólares e depois caíram abaixo dos 40 dólares.

PIB -0,6%

A retração de 0,6% do Produto Interno Bruto do país no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano, é a maior queda entre as principais economias globais no período. O resultado foi pior do que países que passaram por crises recentemente, como a Grécia (-0,1%). O resultado brasileiro foi o sexto trimestre consecutivo de perdas. Na comparação anual, a retração do PIB foi de 3,8%.

Sinais de melhora

Apesar da queda, dois componentes importantes sinalizaram uma recuperação na divulgação do PIB. A indústria teve um avanço de 0,3%, na comparação com os meses de janeiro a março, depois de seis resultados consecutivos de quedas. Já os investimentos tiveram o primeiro resultado positivo, 0,4%, após dez trimestres de recuo. A queda menor na construção e na produção nacional de máquinas e equipamentos ajudaram na melhora dos investimentos. Já o setor de serviços (-0,8%) e o consumo das famílias (-0,7%) continuaram puxando o desempenho do PIB para baixo, ambos acumulando o sexto trimestre seguido de retração.

Novo déficit no setor público

As contas do setor público (União, estados e municípios) teve um déficit primário de 12,8 bilhões de reais em julho. Foi o pior resultado para o mês na série histórica, iniciada pelo Banco Central em dezembro de 2001. Nos sete primeiros messes do ano, o resultado negativo chegou a 35,5 bilhões de reais – ante superávit de 6,2 bilhões de reais em igual período de 2015.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame