Ibovespa busca se sustentar no azul, mas Petrobras pesa
Às 11:27, o Ibovespa subia 0,13 por cento, a 98.016 pontos. O volume financeiro somava 2,45 bilhões de reais
Reuters
Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 10h25.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 11h54.
São Paulo - O Ibovespa oscilava perto da estabilidade nesta segunda-feira, com o declínio principalmente das ações da Petrobras minando o otimismo externo com decisão dos Estados Unidos de adiar aumento de tarifas de importação de produtos da China.
Às 11:27, o Ibovespa subia 0,13 por cento, a 98.016 pontos. O volume financeiro somava 2,45 bilhões de reais.
No exterior, o clima era favorável a ativos de risco após o presidente Donald Trump afirmar no domingo que vai adiar o aumento das tarifas norte-americanas sobre produtos chineses graças a negociações comerciais "produtivas".
Para a equipe da XP Investimentos, trata-se do mais recente sinal de progresso nas negociações comerciais. Os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura positiva em Wall Street.
A semana que antecede o feriado de Carnaval mantém no radar o andamento da reforma da Previdência, com eleição do presidente da Comissão Constituição e Justiça em foco, uma vez que o texto da Previdência precisa ser antes de tudo aprovado na CCJ.
Análise gráfica da equipe da Santander Corretora destaca que, apesar do ano ter se mostrado positivo para o Ibovespa, uma forte pressão vendedora diminuiu o fôlego do movimento.
"Diante disso, a retomada da pressão compradora impulsionará a tendência de alta do índice, que encontra resistência em 98.500 pontos", afirmou em nota a clientes, citando que, no lado oposto, de venda, os suportes são em 95.000 e em 90.000 pontos.
Destaques
- PETROBRAS PN caía 0,9 por cento, tendo como pano de fundo o recuo dos preços do petróleo no exterior, mas também vazamento de óleo na plataforma P-58 da petrolífera de controle estatal , durante operação de transferência de óleo para navio aliviador na madrugada de sábado.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,05 por cento, após ganhos na semana anterior, enquanto BRADESCO PN tinha variação positiva de 0,4 por cento.
- VALE avançava 0,2 por cento, no segundo pregão consecutivo de ganhos, embora não tenha recuperado os preços anteriores à tragédia em Minas Gerais com o rompimento de uma barragem da companhia.
- SABESP perdia 1,9 por cento, também em ajuste ao desempenho da semana anterior, quando subiu 2,45 por cento, em meio a dúvidas sobre o cenário de capitalização e eventual privatização da companhia de saneamento de São Paulo.
- B2W subia 2,5X por cento, ajudada por comentário do BTG Pactual, incorporando visão mais otimista de longo prazo, com preço-alvo passando para 57 reais, enquanto a recomendação de compra foi mantida. Para o BTG, a B2W está construindo uma das plataformas de e-commerce mais bem-sucedidas do Brasil.
- NATURA tinha elevação de 1,8 por cento, ainda embalada na recepção positiva dos números do quarto trimestre conhecidos na semana passada.