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Ibovespa amplia perdas por piora em Wall Street

São Paulo - De olho no movimento de embolso de lucros em Wall Street, ampliado pela surpreendente queda na confiança do consumidor dos EUA, o investidor da bolsa paulista acelerava as vendas, levando o principal índice de ações brasileiro a flertar com as mínimas em três semanas. Às 11h53, o Ibovespa recuava 1,78 por cento, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - De olho no movimento de embolso de lucros em Wall Street, ampliado pela surpreendente queda na confiança do consumidor dos EUA, o investidor da bolsa paulista acelerava as vendas, levando o principal índice de ações brasileiro a flertar com as mínimas em três semanas.

Às 11h53, o Ibovespa recuava 1,78 por cento, aos 69.270 pontos. O giro financeiro da sessão era de 2,87 bilhões de reais.

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O índice da confiança do consumidor norte-americano inesperadamente caiu para 69,5 no começo de abril, apontou pesquisa da Thomson Reuters com a Universidade de Michigan, ao menor nível em 5 meses e abaixo das previsões de analistas.

As bolsas nova-iorquinas, cujos principais índices já apontavam para baixo após terem cravado seis altas consecutivas na quinta-feira, acelerou as perdas mesmo em meio a novos resultados corporativos acima das expectativas do mercado de companhias como GE e Bank of America .

A queda de 10 por cento das ações do Goldman Sachs também pressionava Wall Street. O banco foi acusado pelo órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos (SEC) de fraude em ativos ligados a hipotecas subprime.

A virada de postura do mercado era ilustrada por um dado da própria Bovespa, mostrando que a entrada líquida de recursos de investidores estrangeiros para ações brasileiras em abril, que havia superado 1,3 bilhão de reais logo nos primeiros dias do mês, recuou para 574 milhões de reais no dia 14.

Assim, mesmo notícias positivas setoriais, como a extensão da isenção de IPI para materiais de construção até o final do ano, anunciada na véspera pelo governo, eram insuficientes para segurar os papéis.

"O noticiário positivo não está sendo suficiente para motivar mais compras, porque o Ibovespa ainda está perto das máximas em quase dois anos e aí o investidor fica menos à vontade para continuar comprando", disse Américo Reisner, operador da Fator Corretora.


Rossi Residencial caía 3,20 por cento, a 12,40 reais. Cyrela tinha baixa de 3,16 por cento, a 20,50 reais. Duratex era depreciada em 2,98 por cento, a 15,96 reais.

A queda nos preços de commodities, como metais e petróleo, adicionava pressão às blue chips, especialmente Petrobras. Esse pano de fundo facilitava a vida dos vendidos, investidores que apostam na baixa dos papéis no mercado de opções, que tem exercício na próxima segunda-feira.

Diante disso, o papel preferencial da companhia caía 2,38 por cento, a 32,80 reais, também refletindo as preocupações do mercado em relação ao processo de capitalização da empresa, previsto para acontecer este ano.

"Tememos que a discussão do assunto em meio ao debate eleitoral pode se transformar em pressão adicional sobre a Petrobras", comentou a Bradesco Corretora em relatório liberado nesta manhã.

Banco do Brasil caía 1,72 por cento, a 30,37 reais, após admitir pela manhã que considera a opção de adquirir o controle do argentino Banco Patagonia .

Julio Simões e Mills Engenharia

Outra evidência do momento mais adverso no mercado foi o anúncio feito na véspera pela empresa de logística Julio Simões, ao reduzir a faixa de indicativa de preço de sua oferta pública inicial de ações em 31 por cento. A faixa mudou para 8,50 a 9,50 reais por ação, ante previsão anterior de 10,75 a 13,75 reais.

Nesta manhã aconteceu a estreia no pregão da Mills Engenharia, que subia 0,43 por cento, a 11,55 reais. Na quarta-feira, a ação da companhia foi precificada em 11,50 reais em sua oferta pública inicial, no piso da faixa estimada entre 11,50 e 15,50 reais.

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