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Em 5º dia de queda, Ibovespa cai próximo de 1% e volta a 101 mil pontos

Bolsas internacionais desabam com preocupação sobre avanço da doença e pressionam mercado local

IBOVESPA: otimismo de um possível avanço das negociações entre Estados Unidos e China compensou parcialmente o efeito do declínio das ações da Vale, que caíram 1,32% nesta terça / Bruno Rocha/Fotoarena (Bruno Rocha/Fotoarena)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 10h28.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 14h20.

São Paulo -O coronavírus (Covid-2019) continua amedrontando o mercado financeiro. Com o aumento do número de casos fora da China, a corrida por ativos defensivos fez bolsas do mundo inteiro acumularem perdas que já chegam a 5 trilhões de dólares na semana.

No Brasil, o Ibovespa caía 1,19% e ficava em 101.760,46 pontos às 13h40. Mais cedo, a queda chegou a ultrapassar os 2% e levou o principal índice da B3 para baixo dos 100 mil pontos, nível a que não voltava desde outubro do ano passado.

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A queda  ocorre em linha com as principais praças acionárias do mundo. Nos Estados Unidos, o S&P 500 caía 1,4%, no início da tarde, após ter registrado a maior queda desde 2011 na véspera. Enquanto isso, a demanda por títulos públicos americanos seguia alta. Inversamente proporcional à procura, os rendimentos dos treasuries de 10 anos despencava 9,94% e renovava a mínima histórica.Na China, o Shanghai Composite fechou em baixa de 3,71% e, na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 3,6%.

De acordo com Jefferson Laatus, estrategista-chefe e fundador do Grupo Laatus, o "fator fim de semana" tem contribuído para as quedas desta sexta. "Ninguém quer correr o risco de dormir posicionado. Muita coisa pode acontecer até segunda-feira", comentou. Apesar do pessimismo, Laatus vê a marca dos 100 mil pontos como um ponto de maior resistência para os investidores. "Tem regiões psicológicas que o mercado acaba defendendo, mas tudo pode mudar. Com todas as certezas, tem cenário para cair mais."

Entre os componentes do Ibovespa, as ações dos bancos figuravam entre as melhores performances do dia e impediam quedas ainda mais drásticas, na média. “Os investidores consideram os bancos como um ativo de segurança em momentos de crise. Então, eles vão conseguir se sustentar mais do que as empresas de commodities”, afirmou Laatus.

Na outra ponta, os papéis da Vale e da Petrobras  - com grande peso no Ibovespa - pressionavam o índice. Enquanto as ações da mineradora caíam 1,8%, as ordinárias e preferenciais da petrolífera se desvalorizavam 1,1% e 1,2%, respectivamente.

Já as maiores quedas do Ibovespa eram lideradas pelas ações da Via Varejo, que tinham perdas de 5,7%, depois de passar por forte valorização recentemente. Com risco de que o coronavírus tenha impactos no fluxo de pessoas, as ações da Azul e Gol caiam mais de 4%. Com a atual desvalorização, as companhias aéreas se encaminham para fechar a semana com queda superior a 20%.

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