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HRT encontra gás, mas pouco óleo desagrada mercado

Após a empresa informar dados preliminares de potencial de até 750 mil metros cúbicos de gás, suas ações recuavam mais de 10% pouco antes do fechamento do mercado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 18h13.

Rio de Janeiro - A petroleira HRT frustrou investidores nesta terça-feira ao anunciar estimativas positivas de produção de gás, mas dados fracos em potencial de óleo em uma de suas descobertas na Amazônia.

Após a empresa brasileira informar dados preliminares de potencial de até 750 mil metros cúbicos de gás e de mil barris de condensado por dia na acumulação, suas ações recuavam mais de 10 por cento pouco antes do fechamento do mercado.

Analistas consultados pela Reuters avaliam que o volume de gás e as condições geológicas dos reservatórios da HRT na Bacia do Solimões superam expectativas. Os volumes de petróleo, contudo, ficaram aquém do esperado.

"Existia no mercado alguma expectativa de que houvesse líquido condensado", afirma o analista Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora. "Acreditamos no potencial geológico, tem melhores características de permeabilidade do que esperávamos, mas em termos de valuation (valor do ativo) há esse efeito negativo (da falta de petróleo)", acrescentou.

Uma preocupação constante do mercado com relação à performance da HRT, segundo o analista, é a falta de logística própria para transportar o gás da floresta Amazônica para os centros de consumo, devendo a companhia depender de dutos da Petrobras para o escoamento.


A empresa concluiu teste de formação pelo qual confirma potencial de produção de até 250 mil metros cúbicos de gás natural e 300 barris de condensado diários em reservatório da formação Juruá, localizada no bloco SOL-T-194.

"A parte de condensado parece que tem qualidade muito boa, mas uma quantidade muito pequena em relação à quantidade de gás", disse o analista Lucas Blender, da Geração Futuro Banco de Investimentos.

Ele pondera que o comunicado desta terça-feira não é o único fato que explica a queda dos papéis da companhia, pois o mercado já sabia que a região é potencial produtora de gás - e não de petróleo -, a exemplo de campos vizinhos já explorados pela Petrobras, como Urucu, uma importante reserva de gás natural situada no meio da selva.

"A queda está relacionada ao comunicado mas também associada ao perfil de risco da HRT, que ainda tem um longo caminho a percorrer em petróleo", disse Blender.

A companhia é operadora de 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões e de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia.

A sonda que realizou o teste permanecerá no bloco para perfurar um poço de extensão e, assim, melhor estimar o potencial comercial de toda a acumulação, "que pode alcançar até 750 mil metros cúbicos de gás e 1.000 barris de condensado por dia", segundo a empresa.

"Confirmamos a presença de vários reservatórios com capacidade de produção na Formação Juruá neste poço e provamos a existência de uma acumulação de gás e condensado no bloco", assinala a HRT em comunicado.

O poço 1-HRT-4-AM atingiu 2,80 mil metros de profundidade e está localizado a cerca de 25 km sul do Pólo de Urucu, grande produtor de óleo e gás natural da Petrobras. A HRT O&G detém 100 por cento de participação neste bloco.

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Rio de Janeiro - A petroleira HRT frustrou investidores nesta terça-feira ao anunciar estimativas positivas de produção de gás, mas dados fracos em potencial de óleo em uma de suas descobertas na Amazônia.

Após a empresa brasileira informar dados preliminares de potencial de até 750 mil metros cúbicos de gás e de mil barris de condensado por dia na acumulação, suas ações recuavam mais de 10 por cento pouco antes do fechamento do mercado.

Analistas consultados pela Reuters avaliam que o volume de gás e as condições geológicas dos reservatórios da HRT na Bacia do Solimões superam expectativas. Os volumes de petróleo, contudo, ficaram aquém do esperado.

"Existia no mercado alguma expectativa de que houvesse líquido condensado", afirma o analista Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora. "Acreditamos no potencial geológico, tem melhores características de permeabilidade do que esperávamos, mas em termos de valuation (valor do ativo) há esse efeito negativo (da falta de petróleo)", acrescentou.

Uma preocupação constante do mercado com relação à performance da HRT, segundo o analista, é a falta de logística própria para transportar o gás da floresta Amazônica para os centros de consumo, devendo a companhia depender de dutos da Petrobras para o escoamento.


A empresa concluiu teste de formação pelo qual confirma potencial de produção de até 250 mil metros cúbicos de gás natural e 300 barris de condensado diários em reservatório da formação Juruá, localizada no bloco SOL-T-194.

"A parte de condensado parece que tem qualidade muito boa, mas uma quantidade muito pequena em relação à quantidade de gás", disse o analista Lucas Blender, da Geração Futuro Banco de Investimentos.

Ele pondera que o comunicado desta terça-feira não é o único fato que explica a queda dos papéis da companhia, pois o mercado já sabia que a região é potencial produtora de gás - e não de petróleo -, a exemplo de campos vizinhos já explorados pela Petrobras, como Urucu, uma importante reserva de gás natural situada no meio da selva.

"A queda está relacionada ao comunicado mas também associada ao perfil de risco da HRT, que ainda tem um longo caminho a percorrer em petróleo", disse Blender.

A companhia é operadora de 21 blocos exploratórios localizados na Bacia do Solimões e de dez blocos exploratórios na costa da Namíbia.

A sonda que realizou o teste permanecerá no bloco para perfurar um poço de extensão e, assim, melhor estimar o potencial comercial de toda a acumulação, "que pode alcançar até 750 mil metros cúbicos de gás e 1.000 barris de condensado por dia", segundo a empresa.

"Confirmamos a presença de vários reservatórios com capacidade de produção na Formação Juruá neste poço e provamos a existência de uma acumulação de gás e condensado no bloco", assinala a HRT em comunicado.

O poço 1-HRT-4-AM atingiu 2,80 mil metros de profundidade e está localizado a cerca de 25 km sul do Pólo de Urucu, grande produtor de óleo e gás natural da Petrobras. A HRT O&G detém 100 por cento de participação neste bloco.

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