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GPA (PCAR3) tomba 19% após cisão; BDRs do Éxito (EXCO32) disparam na bolsa

Queda se deve a ajuste patrimonial, com saída de rede colombiana do balanços; saldo ainda é positivo para os acionistas do GPA

Fachada de loja do Pão de Açúcar (GPA/Divulgação)

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 13h52.

Última atualização em 23 de agosto de 2023 às 17h25.

As ações ordinárias do GPA (PCAR3) caíram 19,3% nesta quarta-feira, 23. O pregão é o primeiro em que a ação é negociada sem o direito ao recebimento de um BDR do Éxito (EXCO32), após a cisão da rede colombiana de supermercados. Parte considerável da queda ocorre por meio do ajuste de patrimônio, com a saída do Éxito de seu balanço. Os BDRs do Éxito estrearam em alta de 24,67%.

Saldo positivo

Na prática, os acionistas que dormiram com as ações do GPA perdem (por volta das 13h30) R$ 12,94 nas ações em PCAR3 e ganham R$ 14,18 em BDRs do Éxito. O saldo positivo representa um ganho próximo de 6% para o investidor. O processo é semelhante ao que marcou a cisão do Assaí do GPA, em 2021.

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"O mercado não consegue precificar bem uma empresa quando sua estrutura está dentro da holding. Essa cisão ajuda a destravar valor da companhia", comentou Fernando Ferrer, analista da Empiricus.

O Éxito é uma rede de supermercados da Colômbia com ações listadas na bolsa de Bogotá. Apesar da alta dos BDRs, as ações do Éxito recuam cerca de 4% na Colômbia. "Há muito pouca liquidez nas ações do Éxito na Colômbia. O mais importante é a BDR negociada no Brasil. Toda essa volatilidade faz parte, devido ao movimento societário.

Veja também:A derrocada de Jean-Charles Naouri no Casino e o futuro do grupo controlador do GPA

Oportunidade e risco

A expectativa é de que, sem o Éxito, o GPA foque ainda mais nas operações do Pão de Açúcar. "É uma operação menor e mais fácil de ser tocada. O Pão de Açúcar sozinho está sendo negociado a preços menores que seus concorrentes hoje. Começa a ficar mais evidente o desconto, que pode ser um gatilho de alta para os próximos dias."

"O movimento deve ser pontual e a alta volatilidade deve acalmar. Observamos, nos últimos resultados continuados, que o GPA ainda segue em dificuldades de reestruturação, com sucessivos prejuízos acumulados e uma dívida líquida ainda elevada, mesmo após o desinvestimento", disse Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos.

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