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Governo não deixará Eletrobrás perecer, diz EPE

Afirmação é de presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim

Eletrobras: a aceitação da Eletrobrás é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20% (DIVULGACAO)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 19h10.

Brasília - A Eletrobrás amargou nesta quinta-feira mais um dia de forte desvalorização de suas ações na bolsa de valores de São Paulo, mas o governo deixou claro que poderá tomar medidas para evitar que a estatal perca força e fique sem condições de atuar no setor elétrico. "A gente nunca vai deixar a Eletrobrás perecer", afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

Desde que o governo revelou as condições que serão exigidas das empresas do setor elétrico interessadas em renovar antecipadamente as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os papéis da Eletrobrás tombaram.

Desta vez não foi diferente. As ações que dão direto a voto (ON) perderam 8,74% de seu valor, e encerraram o dia valendo R$ 6,16. O papel liderou as quedas do Ibovespa, principal índice da bolsa paulista. As ações que garantem preferência no recebimento de dividendos (PNB) - tradicionalmente o tipo de ação mais comprada pelos investidores no Brasil - fecharam a sessão valendo 6,89% menos, cotadas a R$ 7,30. No ano, esses papéis acumulam quedas de 62,40% e 70,40%, respectivamente.

O conselho de administração da estatal decidiu na semana passada recomendar aos acionistas que aceitem a proposta do governo para renovar as concessões de geração e transmissão da companhia. A aceitação da Eletrobrás é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20%. O grupo estatal detém 67,26% das usinas com concessões vencendo no período. Uma posição favorável da empresa - controlada pela União - garantirá boa parte da redução desejada pela presidente Dilma Rousseff.


Diante da forte desvalorização das ações da estatal, coube ao presidente da EPE - uma empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia - reafirmar a disposição do governo de ajudar a empresa. "Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobrás com condições de atuar no setor elétrico", afirmou Tolmasquim, que estava em Brasília para uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da Eletrobrás terá de tomar para se adaptar a uma nova realidade após a renovação das concessões de geração e transmissão. "Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobrás terá de ter ações para se adaptar aos custos", disse. "A Eletrobras é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobrás", completou.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que a estatal pode ser compensada pelas perdas de receita - estimadas em R$ 9 bilhões por ano ao longo das próximas três décadas que a empresa terá ao aceitar as regras para a renovação das concessões. O ministro, entretanto, fez questão de frisar que se o governo optar em capitalizar a empresa, isso não acontecerá por conta dos efeitos das regras impostas pelo Planalto ao setor elétrico. "Será para viabilizar novos investimentos e a expansão da empresa, como já fizemos", disse Mantega.

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Brasília - A Eletrobrás amargou nesta quinta-feira mais um dia de forte desvalorização de suas ações na bolsa de valores de São Paulo, mas o governo deixou claro que poderá tomar medidas para evitar que a estatal perca força e fique sem condições de atuar no setor elétrico. "A gente nunca vai deixar a Eletrobrás perecer", afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

Desde que o governo revelou as condições que serão exigidas das empresas do setor elétrico interessadas em renovar antecipadamente as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os papéis da Eletrobrás tombaram.

Desta vez não foi diferente. As ações que dão direto a voto (ON) perderam 8,74% de seu valor, e encerraram o dia valendo R$ 6,16. O papel liderou as quedas do Ibovespa, principal índice da bolsa paulista. As ações que garantem preferência no recebimento de dividendos (PNB) - tradicionalmente o tipo de ação mais comprada pelos investidores no Brasil - fecharam a sessão valendo 6,89% menos, cotadas a R$ 7,30. No ano, esses papéis acumulam quedas de 62,40% e 70,40%, respectivamente.

O conselho de administração da estatal decidiu na semana passada recomendar aos acionistas que aceitem a proposta do governo para renovar as concessões de geração e transmissão da companhia. A aceitação da Eletrobrás é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20%. O grupo estatal detém 67,26% das usinas com concessões vencendo no período. Uma posição favorável da empresa - controlada pela União - garantirá boa parte da redução desejada pela presidente Dilma Rousseff.


Diante da forte desvalorização das ações da estatal, coube ao presidente da EPE - uma empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia - reafirmar a disposição do governo de ajudar a empresa. "Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobrás com condições de atuar no setor elétrico", afirmou Tolmasquim, que estava em Brasília para uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da Eletrobrás terá de tomar para se adaptar a uma nova realidade após a renovação das concessões de geração e transmissão. "Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobrás terá de ter ações para se adaptar aos custos", disse. "A Eletrobras é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobrás", completou.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que a estatal pode ser compensada pelas perdas de receita - estimadas em R$ 9 bilhões por ano ao longo das próximas três décadas que a empresa terá ao aceitar as regras para a renovação das concessões. O ministro, entretanto, fez questão de frisar que se o governo optar em capitalizar a empresa, isso não acontecerá por conta dos efeitos das regras impostas pelo Planalto ao setor elétrico. "Será para viabilizar novos investimentos e a expansão da empresa, como já fizemos", disse Mantega.

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