Fundo Petros pode dobrar participação na Petrobras
Fundo de pensão da empresa investiu R$ 1,3 bilhão na capitalização e aumentou sua participação para 0,8% da empresa
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 14h31.
São Paulo - O fundo de pensão da Petrobras, Petros, fez uma oferta para a compra de um lote adicional de ações da estatal com o objetivo de aumentar a sua posição acionária na companhia em meio ao processo de capitalização.
Após a operação, a Petros deverá ficar com 0,8 por cento do capital total da estatal, dobrando a participação de 0,4 por cento de antes da operação.
"Exercemos todo o nosso direito, tínhamos 1,5 bilhão de reais em ações da companhia, e além disso ainda compramos mais", disse o presidente da Petros, Wagner Pinheiro, à Reuters, ao chegar à Bovespa para evento que marcará a abertura simbólica do pregão nesta sexta-feira.
Segundo Pinheiro, o fundo investiu 1,3 bilhão de reais no lote adicional, além de 500 milhões de reais para manter a sua posição na empresa.
O evento na Bovespa marcou a conclusão de alguns dos principais procedimentos da mega capitalização da Petrobras. Ministros do governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram presentes, além da diretoria da estatal.
A Petrobras arrecadou 120,36 bilhões de reais em sua mega oferta de ações, a maior já realizada no mundo, garantindo recursos para a exploração do pré-sal e assumindo um lugar central no mercado financeiro global.
A Petros tem planos de aumentar seus investimentos em renda variável, que representavam 33,8 por cento dos seus investimentos em dezembro de 2009, contra 61,1 por cento na renda fixa, ao contrário da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil e maior do país, que precisa reduzir suas aplicações em bolsa.
Procurada pela Reuters, a Previ, que detém cerca de 3 por cento do capital da empresa, informou que somente na segunda-feira vai informar sobre a sua participação na capitalização da Petrobras.
Antes de deixar o cargo, o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa havia comentado que a capitalização da Petrobras poderia ser uma oportunidade para reduzir investimentos em renda variável, mas o atual presidente, Ricardo Flores, não se pronunciou sobre o assunto e também não participou do evento desta sexta-feira na Bovespa.
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