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Fundo gerido pelo Morgan Stanley teria perdido R$ 81 mi com Cruzeiro do Sul

Operação de aquisição das ações, vista como suspeita, ocorreu semanas antes da intervenção realizada pelo Banco Central

Desde o anúncio da intervenção, as ações do banco já caíram 51% (official-ly cool via Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 20h04.

São Paulo – O fundo Caieiras administrado pelo Morgan Stanley pode ter perdido cerca de 81 milhões de reais investidos nas ações do banco Cruzeiro do Sul ( CZRS4 ) em 18 de maio. Na ocasião, em leilão realizado na Bovespa, foram adquiridos 8,939 milhões de papéis a 12,79 reais, o que correspondia a 114,3 milhões de reais. O preço do fechamento das ações nesta sexta-feira foi de 3,70 reais, o que sugere um prejuízo de 81 milhões de reais ao fundo.

A operação foi questionada pela proximidade da divulgação de que o Banco Central iria assumir o banco depois de constatar inconsistências contábeis em seu balanço. No dia 4 de junho, o BC colocou o Cruzeiro do Sul sob a administração do fundo de seguro de depósitos bancários, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) por um período de 180 dias. Os altos executivos e controladores foram afastados da instituição.

O Cruzeiro do Sul afirmou que a venda de ações foi realizada para adequar o banco às exigências do Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa, que exige a circulação de 25% das ações no mercado. A instituição estava abaixo do índice por ter iniciado um programa de recompra dos papéis. O assunto foi levantado publicamente na quarta-feira pelo jornal O Valor Econômico.

O HSBC encerrou na quarta-feira a análise das ações do banco por considerar que não pode mais confiar nos números divulgados anteriormente. Além disso, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago não ficaram satisfeitos com as respostas dadas diretor do FGC, Fábio Marone, durante conferência sobre a intervenção.

“As perguntas durante a teleconferência se concentraram nas causas das irregularidades contábeis e a estrutura de captação do banco, mas as respostas a elas não foram claras. Mentone enfatizou que a instituição manterá as atividades normais sem interrupções sob a nova administração, e que todos os passivos de terceiros serão honrados na data do vencimento”, disseram em um relatório. Desde o anúncio da intervenção, as ações do banco já caíram 51%.

Segundo Luis Octavio Indio da Costa, por meio de contratos de swap realizados junto ao comprador, ele e seu pai ficaram integralmente expostos a todos os efeitos econômicos que pudessem decorrer de oscilações no valor da totalidade das ações que foram objeto da venda, mostra uma carta que foi encaminhada ao jornal Valor Econômico.

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São Paulo – O fundo Caieiras administrado pelo Morgan Stanley pode ter perdido cerca de 81 milhões de reais investidos nas ações do banco Cruzeiro do Sul ( CZRS4 ) em 18 de maio. Na ocasião, em leilão realizado na Bovespa, foram adquiridos 8,939 milhões de papéis a 12,79 reais, o que correspondia a 114,3 milhões de reais. O preço do fechamento das ações nesta sexta-feira foi de 3,70 reais, o que sugere um prejuízo de 81 milhões de reais ao fundo.

A operação foi questionada pela proximidade da divulgação de que o Banco Central iria assumir o banco depois de constatar inconsistências contábeis em seu balanço. No dia 4 de junho, o BC colocou o Cruzeiro do Sul sob a administração do fundo de seguro de depósitos bancários, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) por um período de 180 dias. Os altos executivos e controladores foram afastados da instituição.

O Cruzeiro do Sul afirmou que a venda de ações foi realizada para adequar o banco às exigências do Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa, que exige a circulação de 25% das ações no mercado. A instituição estava abaixo do índice por ter iniciado um programa de recompra dos papéis. O assunto foi levantado publicamente na quarta-feira pelo jornal O Valor Econômico.

O HSBC encerrou na quarta-feira a análise das ações do banco por considerar que não pode mais confiar nos números divulgados anteriormente. Além disso, os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago não ficaram satisfeitos com as respostas dadas diretor do FGC, Fábio Marone, durante conferência sobre a intervenção.

“As perguntas durante a teleconferência se concentraram nas causas das irregularidades contábeis e a estrutura de captação do banco, mas as respostas a elas não foram claras. Mentone enfatizou que a instituição manterá as atividades normais sem interrupções sob a nova administração, e que todos os passivos de terceiros serão honrados na data do vencimento”, disseram em um relatório. Desde o anúncio da intervenção, as ações do banco já caíram 51%.

Segundo Luis Octavio Indio da Costa, por meio de contratos de swap realizados junto ao comprador, ele e seu pai ficaram integralmente expostos a todos os efeitos econômicos que pudessem decorrer de oscilações no valor da totalidade das ações que foram objeto da venda, mostra uma carta que foi encaminhada ao jornal Valor Econômico.

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