Fitch tende a alinhar nota do Brasil com Moody's, diz fonte
Há expectativa dentro da equipe da presidente de que a Fitch eventualmente rebaixe a nota atribuída ao Brasil ainda dentro do grau de investimento, diz fonte
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 17h55.
São Paulo - Há expectativa dentro da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff de que a Fitch Ratings eventualmente rebaixe a nota atribuída ao Brasil ainda dentro do grau de investimento do Brasil e deixe a perspectiva "estável", disse uma fonte que participou de reunião com representantes da agência de classificação de risco nesta semana em Brasília.
"(A Fitch) deve fazer um ajuste como a Moody's, talvez cortando uma nota, mas ficando com (a perspectiva) estável. Dará um tempo para ver como esse processo (das condições macroeconômicos e incertezas políticas do país) vai transcorrer nos próximos meses", disse a fonte à Reuters, sob condição de anonimato, nesta sexta-feira.
Representantes da Fitch reuniram-se com integrantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central nesta semana, em razão de missão sobre a revisão periódica do rating atribuído ao país. Atualmente, a Fitch classifica o Brasil como "BBB", dois degraus acima do território especulativo, com perspectiva "negativa".
A fonte da equipe econômica disse que estudou a metodologia da Fitch e replicou o modelo de avaliação, que está disponível no site da agência, colocando todas as variáveis domésticas como estão hoje. "Não deu nível especulativo. Pelo modelo deles, ainda somos grau de investimento", afirmou.
Em 9 de setembro, a Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil ao cortar o rating do país para "BB+" ante "BBB-", e sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva "negativa" para a nota de crédito brasileira.
A decisão da S&P foi tomada dias após o governo federal encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta orçamentária para 2016 com inédito déficit primário de cerca de 30 bilhões de reais nas contas da União.
Antes disso, em agosto, a Moody's rebaixou o rating soberano do Brasil para "Baa3", última nota dentro da faixa considerada como grau de investimento, e ajustou a perspectiva da nota para "estável" ante "negativa", sinalizando que o selo de bom pagador do país deve ser mantido no curto prazo.
A perda do grau de investimento por outra grande agência de classificação de risco além da S&P provocaria saída de investidores estrangeiros que aplicam recursos apenas em países com selo de bom pagador por pelo menos duas das três agências.
São Paulo - Há expectativa dentro da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff de que a Fitch Ratings eventualmente rebaixe a nota atribuída ao Brasil ainda dentro do grau de investimento do Brasil e deixe a perspectiva "estável", disse uma fonte que participou de reunião com representantes da agência de classificação de risco nesta semana em Brasília.
"(A Fitch) deve fazer um ajuste como a Moody's, talvez cortando uma nota, mas ficando com (a perspectiva) estável. Dará um tempo para ver como esse processo (das condições macroeconômicos e incertezas políticas do país) vai transcorrer nos próximos meses", disse a fonte à Reuters, sob condição de anonimato, nesta sexta-feira.
Representantes da Fitch reuniram-se com integrantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central nesta semana, em razão de missão sobre a revisão periódica do rating atribuído ao país. Atualmente, a Fitch classifica o Brasil como "BBB", dois degraus acima do território especulativo, com perspectiva "negativa".
A fonte da equipe econômica disse que estudou a metodologia da Fitch e replicou o modelo de avaliação, que está disponível no site da agência, colocando todas as variáveis domésticas como estão hoje. "Não deu nível especulativo. Pelo modelo deles, ainda somos grau de investimento", afirmou.
Em 9 de setembro, a Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil ao cortar o rating do país para "BB+" ante "BBB-", e sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva "negativa" para a nota de crédito brasileira.
A decisão da S&P foi tomada dias após o governo federal encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta orçamentária para 2016 com inédito déficit primário de cerca de 30 bilhões de reais nas contas da União.
Antes disso, em agosto, a Moody's rebaixou o rating soberano do Brasil para "Baa3", última nota dentro da faixa considerada como grau de investimento, e ajustou a perspectiva da nota para "estável" ante "negativa", sinalizando que o selo de bom pagador do país deve ser mantido no curto prazo.
A perda do grau de investimento por outra grande agência de classificação de risco além da S&P provocaria saída de investidores estrangeiros que aplicam recursos apenas em países com selo de bom pagador por pelo menos duas das três agências.