Fitch: seca pressiona ratings de distribuidoras de energia
O aumento nos preços da energia e os maiores despachos das usinas térmicas devem impactar negativamente o perfil financeiro das distribuidoras
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - A agência classificadora de riscos Fitch está avaliando as implicações no crédito das distribuidoras de energia brasileiras da seca que fez os preços da energia elétrica dispararem nos últimos meses.
Em relatório, os analistas da agência afirmam que o aumento temporário nos preços da energia no mercado de curto prazo e os maiores despachos das usinas térmicas deverão impactar negativamente o perfil financeiro das distribuidoras.
Os preços de energia dispararam nos últimos meses em função dos níveis mais baixos de chuvas. Por conta disso, os índices de crédito das distribuidoras estão sob pressão devido à redução da geração de Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), resultante dos substanciais aumentos de custo, e ao aumento da dívida líquida para financiar as crescentes necessidades de capital de giro.
Os analistas destacaram que esses maiores custos estão fora de controle das distribuidoras e que deverão ser repassados aos usuários finais e gradualmente compensados em 12 meses após o reajuste anual das tarifas de cada companhia. “Da forma como se encontram, a capacidade de as empresas honrarem suas obrigações financeiras de curto prazo continuará sob pressão”, afirmaram.
Apesar disso, a Fitch faz uma ressalva para as distribuidoras com prazos de reajustes tarifários próximo
s, assim como as que contam com nível mais baixo de energia subcontratada, que estariam menos expostas ao atual cenário desfavorável.
Na opinião da agência, é importante que o governo federal adote medidas para preservar a liquidez das distribuidoras, para reduzir os impactos negativos sobre os covenants (cláusulas contraturais de títulos de dívida) de suas dívidas financeiras, bem como diminuir a dependência de fontes de terceiros para financiar suas necessidades de capital de giro.
São Paulo - A agência classificadora de riscos Fitch está avaliando as implicações no crédito das distribuidoras de energia brasileiras da seca que fez os preços da energia elétrica dispararem nos últimos meses.
Em relatório, os analistas da agência afirmam que o aumento temporário nos preços da energia no mercado de curto prazo e os maiores despachos das usinas térmicas deverão impactar negativamente o perfil financeiro das distribuidoras.
Os preços de energia dispararam nos últimos meses em função dos níveis mais baixos de chuvas. Por conta disso, os índices de crédito das distribuidoras estão sob pressão devido à redução da geração de Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), resultante dos substanciais aumentos de custo, e ao aumento da dívida líquida para financiar as crescentes necessidades de capital de giro.
Os analistas destacaram que esses maiores custos estão fora de controle das distribuidoras e que deverão ser repassados aos usuários finais e gradualmente compensados em 12 meses após o reajuste anual das tarifas de cada companhia. “Da forma como se encontram, a capacidade de as empresas honrarem suas obrigações financeiras de curto prazo continuará sob pressão”, afirmaram.
Apesar disso, a Fitch faz uma ressalva para as distribuidoras com prazos de reajustes tarifários próximo
s, assim como as que contam com nível mais baixo de energia subcontratada, que estariam menos expostas ao atual cenário desfavorável.
Na opinião da agência, é importante que o governo federal adote medidas para preservar a liquidez das distribuidoras, para reduzir os impactos negativos sobre os covenants (cláusulas contraturais de títulos de dívida) de suas dívidas financeiras, bem como diminuir a dependência de fontes de terceiros para financiar suas necessidades de capital de giro.