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Taurus triplica vendas de armas no Brasil e ação dispara na bolsa

Fabricante brasileira espera que vendas de armas de fogo nos Estados Unidos sejam impulsionadas por fatores políticos no ano que vem

Arma da Taurus: ações da empresa têm alta de mais de 60% no ano (Diego Vara/Reuters)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 12h22.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 14h40.

As ações preferenciais da Taurus (TASA4) chegaram a subir 10,6% nesta sexta-feira, 13, após a empresa apresentar o resultado do terceiro trimestre. No período, a companhia registrou recordes de produção, volume de vendas, receita líquida, Ebitda, margem Ebitda e lucro líquido. No ano, seus papéis já subiram mais de 60%, enquanto o Ibovespa ainda acumula perdas de 10%.

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Somente no Brasil, as vendas de armas atingiram 90.000 unidades no terceiro trimestre contra 33.000 vendidas no mesmo período do ano passado. Nos nove primeiros meses do ano, as vendas de armas no país tiveram alta anual de 137,7%.

“As vendas das armas Taurus no mercado brasileiro vêm apresentando aumento contínuo e, ainda que os volumes sejam bem menores do que o observado nos EUA, país que concentra o maior mercado do mundo no setor, o crescimento percentual das unidades vendidas internamente continuam sendo o maior destaque”, afirma a Taurus em balanço.

Nos Estados Unidos, de onde vem a maior parte de sua receita, o volume de vendas cresceu 35% de 283.000 armas para 383.000 armas no terceiro trimestre. No acumulado do ano, as vendas no mercado americano chegam a 1,075 milhão e no Brasil, a 191.000.

Para 2021, a Taurus espera suas vendas nos cresçam ainda mais nos Estados Unidos, devido à vitória do candidato democrata Joe Biden nas eleições presidenciais. “Como todos sabem, o maior mercado para nossas armas está nos EUA e fatores políticos podem influenciar a reação das pessoas, com consequências no mercado consumidor. Historicamente, nos anos posteriores à eleição de um candidato democrata para a Presidência dos EUA, há aumento na procura por armas.”

Com as vendas de armas em alta, a companhia dobrou a receita líquida operacional no terceiro trimestre para 490,8 milhões de reais. O lucro líquido ficou em 102,22 milhões de reais ante o prejuízo líquido de 26,4 milhões de reais no terceiro trimestre de 2019.

“O resultado foi fortemente impactado pelo aumento do volume e do dólar médio e isso levou a empresa reverter o prejuízo. Talvez essa seja a explicação para a boa performance da empresa na bolsa hoje”, comenta Arthur dos Santos, especialista de fundos da Blue Trade.

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