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Exportações de carne suína do Brasil devem crescer 15,7%

O crescimento deverá ocorrer após uma queda estimada em 8 por cento nos embarques do produto neste ano em relação a 2012

Carne: Brasil é quarto maior exportador de carne suína do mundo, mas o setor quer mais e se inspira na indústria brasileira de frango, que atingiu a liderança mundial (Justin Sullivan/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 16h48.

São Paulo - As exportações brasileiras de carne suína devem crescer 15,7 por cento em 2014, para 590 mil toneladas, com a boa demanda de tradicionais compradores e a perspectiva de novos mercados, estimou nesta terça-feira a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

O crescimento deverá ocorrer após uma queda estimada em 8 por cento nos embarques do produto neste ano em relação a 2012.

"Conseguimos suplantar os desafios de 2013... Este ano (2014) deve ser melhor. Não vemos um céu de brigadeiro, porque sabemos que tem muitas variáveis, mas buscamos uma solidez", disse o presidente da Abipecs, Rui Vargas, em encontro com jornalistas.

Apesar da recuperação nas vendas externas, o volume estimado ainda é inferior a marca registrada em 2009, quando os embarques brasileiros superaram 607 mil toneladas.

O Brasil é quarto maior exportador de carne suína do mundo, mas o setor quer mais e se inspira na indústria brasileira de frango, que atingiu a liderança mundial.

Executivos do setor, contudo, apontam gargalos logísticos, entraves burocráticos e problemas nos portos como fatores que afetam a expansão do setor.

"O porto em Santa Catarina ficou fechado uma semana... Tem um limite para os estoques. Produto parado no porto é um problema. O custo tem que ser repassado", disse Vargas.


A entidade avalia que a demanda externa estará mais aquecida no próximo ano, com maiores vendas ao Japão, perspectiva de reabertura do mercado da África do Sul, abertura da Coreia do Sul e manutenção dos grandes mercados da Rússia e Ucrânia.

O Japão está especialmente na mira dos exportadores por conta dos preços pagos naquele país, que podem chegar a 4 mil dólares a tonelada, dependendo do corte, contra um valor médio de venda do produto brasileiro de 2,8 mil dólares por tonelada.

Mas o mercado japonês ainda apresenta desafios para a indústria brasileira, que precisa investir na produção de cortes e embalagens específicas para o país asiático se quiser exportar volumes mais significativos.

O Japão abriu seu mercado à carne suína in natura de Santa Catarina em maio deste ano. O país é o maior importador global de carne suína.

"A questão é saber se os produtores de Santa Catarina vão abdicar de alguns mercados para se adaptarem à necessidade do Japão. Se eles atingirem 10 mil (toneladas embarcadas) em dois anos será bonito", avaliou Vargas.

Em 2013, as exportações brasileiras devem encerrar em baixa por conta do fechamento do mercado ucraniano por três meses no primeiro semestre, mas a recuperação da demanda no segundo semestre compensou parte do recuo visto no início do ano.

A associação ainda prevê, de acordo com nota divulgada a jornalistas, que o Brasil produzirá 3,48 milhões de toneladas de carne suína em 2014, alta de 1 por cento na comparação com 2013.


Mercado interno

A oferta apertada de carne suína no mercado interno, após dificuldades com custos mais altos do milho e problemas climáticos que afetaram a produtividade dos plantéis , deverá manter os preços mais elevados que a média até o início do próximo ano.

O mercado interno recebe 85 por cento do total de carne suína produzida no Brasil. E o consumo interno é estimado em 15 kg por ano por pessoa, mas a oferta está abaixo desta marca, disseram os executivos do setor.

"Como a disponibilidade interna permanecerá abaixo desse potencial, os preços no mercado interno deverão continuar firmes, remunerando toda a cadeia", disse Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da Abipecs.

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São Paulo - As exportações brasileiras de carne suína devem crescer 15,7 por cento em 2014, para 590 mil toneladas, com a boa demanda de tradicionais compradores e a perspectiva de novos mercados, estimou nesta terça-feira a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

O crescimento deverá ocorrer após uma queda estimada em 8 por cento nos embarques do produto neste ano em relação a 2012.

"Conseguimos suplantar os desafios de 2013... Este ano (2014) deve ser melhor. Não vemos um céu de brigadeiro, porque sabemos que tem muitas variáveis, mas buscamos uma solidez", disse o presidente da Abipecs, Rui Vargas, em encontro com jornalistas.

Apesar da recuperação nas vendas externas, o volume estimado ainda é inferior a marca registrada em 2009, quando os embarques brasileiros superaram 607 mil toneladas.

O Brasil é quarto maior exportador de carne suína do mundo, mas o setor quer mais e se inspira na indústria brasileira de frango, que atingiu a liderança mundial.

Executivos do setor, contudo, apontam gargalos logísticos, entraves burocráticos e problemas nos portos como fatores que afetam a expansão do setor.

"O porto em Santa Catarina ficou fechado uma semana... Tem um limite para os estoques. Produto parado no porto é um problema. O custo tem que ser repassado", disse Vargas.


A entidade avalia que a demanda externa estará mais aquecida no próximo ano, com maiores vendas ao Japão, perspectiva de reabertura do mercado da África do Sul, abertura da Coreia do Sul e manutenção dos grandes mercados da Rússia e Ucrânia.

O Japão está especialmente na mira dos exportadores por conta dos preços pagos naquele país, que podem chegar a 4 mil dólares a tonelada, dependendo do corte, contra um valor médio de venda do produto brasileiro de 2,8 mil dólares por tonelada.

Mas o mercado japonês ainda apresenta desafios para a indústria brasileira, que precisa investir na produção de cortes e embalagens específicas para o país asiático se quiser exportar volumes mais significativos.

O Japão abriu seu mercado à carne suína in natura de Santa Catarina em maio deste ano. O país é o maior importador global de carne suína.

"A questão é saber se os produtores de Santa Catarina vão abdicar de alguns mercados para se adaptarem à necessidade do Japão. Se eles atingirem 10 mil (toneladas embarcadas) em dois anos será bonito", avaliou Vargas.

Em 2013, as exportações brasileiras devem encerrar em baixa por conta do fechamento do mercado ucraniano por três meses no primeiro semestre, mas a recuperação da demanda no segundo semestre compensou parte do recuo visto no início do ano.

A associação ainda prevê, de acordo com nota divulgada a jornalistas, que o Brasil produzirá 3,48 milhões de toneladas de carne suína em 2014, alta de 1 por cento na comparação com 2013.


Mercado interno

A oferta apertada de carne suína no mercado interno, após dificuldades com custos mais altos do milho e problemas climáticos que afetaram a produtividade dos plantéis , deverá manter os preços mais elevados que a média até o início do próximo ano.

O mercado interno recebe 85 por cento do total de carne suína produzida no Brasil. E o consumo interno é estimado em 15 kg por ano por pessoa, mas a oferta está abaixo desta marca, disseram os executivos do setor.

"Como a disponibilidade interna permanecerá abaixo desse potencial, os preços no mercado interno deverão continuar firmes, remunerando toda a cadeia", disse Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da Abipecs.

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