Europa reage negativamente a discurso de Bernanke
O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 2,97%, fechando a 283,68 pontos, pressionado principalmente pelo desempenho de bancos e mineradoras
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2013 às 14h26.
Londres - As bolsas da Europa fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 20, reagindo ao discurso feito na quarta-feira, 19, pelo presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que estabeleceu um cronograma para o fim dos estímulos por parte da instituição.
Nem mesmo uma leitura positiva sobre a confiança do consumidor foi suficiente para animar os investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 2,97%, fechando a 283,68 pontos, pressionado principalmente pelo desempenho de bancos e mineradoras.
Embora não tenha cravado uma data específica, Bernanke disse que o Fed acredita que poderá começar a reduzir suas compras mensais de bônus este ano, com esse movimento continuando no primeiro semestre de 2014.
A previsão é de que as compras terminem totalmente em meados do ano que vem, quando a taxa de desemprego atingir 7%. Entretanto, isso depende da concretização das atuais projeções do banco central para a economia dos EUA. Se for preciso, as reduções nos estímulos podem ser adiadas e, em caso de necessidade, as aquisições seriam elevadas novamente.
A perspectiva de fim dos estímulos nos EUA provocou fortes ondas de vendas em diversos mercados financeiros globais, ajudada por uma leitura negativa sobre a atividade industrial na China.
O índice de atividade dos gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial, medido pelo HSBC, caiu de 49,2 em maio para 48,3 em junho, segundo leitura preliminar. Trata-se do nível mais baixo em nove meses.
"A fala do Fed sobre menos acomodação enviou ondas de nervosismo por todo o globo, mesmo que esse movimento assinale que a crise financeira está acabada", comenta Anita Paluch, da Gekko Markets.
Na Europa, o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu para -18,8 na leitura preliminar de junho, de -21,9 em maio, segundo divulgou nesta quinta-feira, 20, a Comissão Europeia. Essa foi a sexta melhora consecutiva no indicador.
Nesse cenário, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, perdeu 3,28%, fechando a 7.928,48 pontos. A Infineon Technologies liderou as perdas, com retração de 5,47%. A montadora BMW (-4,45%) e a seguradora Allianz (-4,68%) também caíram forte.
Em Londres, o índice FTSE teve retração de 2,98%, encerrando a 6.159,51 pontos. Entre as maiores baixas estão as mineradoras Fresnillo, com perda de 9,52%, e a Randgold Resources, que teve retração de 7,69%.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 caiu 3,66% e fechou a 3.698,93 pontos. O setor financeiro fechou com desvalorizações significativas (Credit Agricole -3,41%, Société Générale -4,39%, BNP Paribas -4,28% e AXA -3,58%).
Em Milão, o índice FTSE-Mib teve queda de 3,09%, para 15.549,23 pontos. O índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, registrou baixa de 3,41%, para 7.822,10 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, também caiu 3,41%, para 5.646,66 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - As bolsas da Europa fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 20, reagindo ao discurso feito na quarta-feira, 19, pelo presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que estabeleceu um cronograma para o fim dos estímulos por parte da instituição.
Nem mesmo uma leitura positiva sobre a confiança do consumidor foi suficiente para animar os investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 2,97%, fechando a 283,68 pontos, pressionado principalmente pelo desempenho de bancos e mineradoras.
Embora não tenha cravado uma data específica, Bernanke disse que o Fed acredita que poderá começar a reduzir suas compras mensais de bônus este ano, com esse movimento continuando no primeiro semestre de 2014.
A previsão é de que as compras terminem totalmente em meados do ano que vem, quando a taxa de desemprego atingir 7%. Entretanto, isso depende da concretização das atuais projeções do banco central para a economia dos EUA. Se for preciso, as reduções nos estímulos podem ser adiadas e, em caso de necessidade, as aquisições seriam elevadas novamente.
A perspectiva de fim dos estímulos nos EUA provocou fortes ondas de vendas em diversos mercados financeiros globais, ajudada por uma leitura negativa sobre a atividade industrial na China.
O índice de atividade dos gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial, medido pelo HSBC, caiu de 49,2 em maio para 48,3 em junho, segundo leitura preliminar. Trata-se do nível mais baixo em nove meses.
"A fala do Fed sobre menos acomodação enviou ondas de nervosismo por todo o globo, mesmo que esse movimento assinale que a crise financeira está acabada", comenta Anita Paluch, da Gekko Markets.
Na Europa, o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu para -18,8 na leitura preliminar de junho, de -21,9 em maio, segundo divulgou nesta quinta-feira, 20, a Comissão Europeia. Essa foi a sexta melhora consecutiva no indicador.
Nesse cenário, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, perdeu 3,28%, fechando a 7.928,48 pontos. A Infineon Technologies liderou as perdas, com retração de 5,47%. A montadora BMW (-4,45%) e a seguradora Allianz (-4,68%) também caíram forte.
Em Londres, o índice FTSE teve retração de 2,98%, encerrando a 6.159,51 pontos. Entre as maiores baixas estão as mineradoras Fresnillo, com perda de 9,52%, e a Randgold Resources, que teve retração de 7,69%.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 caiu 3,66% e fechou a 3.698,93 pontos. O setor financeiro fechou com desvalorizações significativas (Credit Agricole -3,41%, Société Générale -4,39%, BNP Paribas -4,28% e AXA -3,58%).
Em Milão, o índice FTSE-Mib teve queda de 3,09%, para 15.549,23 pontos. O índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, registrou baixa de 3,41%, para 7.822,10 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, também caiu 3,41%, para 5.646,66 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.