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Europa fecha em queda com notícias corporativas

Por Álvaro Campos Londres - As principais bolsas europeias fecharam em leve queda, guiadas basicamente por notícias corporativas. As ações do conglomerado Siemens caíram após o grupo divulgar previsões negativas sobre o balanço trimestral. Já as farmacêuticas AstraZeneca e Actelion registraram perdas depois de resultados decepcionantes em testes com medicamentos que estão desenvolvendo. O índice […]

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2010 às 11h35.

Por Álvaro Campos

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em leve queda, guiadas basicamente por notícias corporativas. As ações do conglomerado Siemens caíram após o grupo divulgar previsões negativas sobre o balanço trimestral. Já as farmacêuticas AstraZeneca e Actelion registraram perdas depois de resultados decepcionantes em testes com medicamentos que estão desenvolvendo. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 1,05 ponto (0,40%) e fechou em 262,92 pontos.

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O rebaixamento do rating da dívida do irlandês Anglo Irish Bank em três notas pela Moody's, para perto do grau especulativo, também foi mal recebido, disparando uma nova rodada de preocupação com a saúde do setor bancário europeu.

Os mercados europeus devolveram ganhos observados mais cedo na sessão após uma abertura fraca em Wall Street, onde as bolsas também foram influenciadas por novidades corporativas. A varejista Walmart informou que fez uma oferta de cerca de US$ 4,6 bilhões pela atacadista sul-africana Massmart Holdings. Já a companhia aérea Southwest anunciou planos para comprar a rival AirTran Holdings por US$ 1,4 bilhão. A Unilever, companhia anglo-holandesa de produtos de consumo, chegou a um acordo para comprar a norte-americana Alberto Culver, fabricante de produtos para tratamento capilar, por US$ 3,7 bilhões. O acordo fará com que a Unilever se torne a maior produtora mundial de condicionadores e a segunda maior de xampus.

Na Europa, a Siemens afirmou que as vendas e as encomendas devem aumentar nos principais setores no quarto trimestre fiscal (que termina no dia 30 deste mês). No entanto, a Siemens disse que o grupo deve registrar gastos com reestruturação nas suas operações de tecnologia da informação e que as perdas com investimentos em ações também devem pesar no balanço final.

Na Bolsa de Zurique, as ações da Actelion caíram 7,96%, após a empresa afirmar que o remédio experimental Clazosentan não conseguiu atingir seu objetivo principal em um importante estudo. A droga não reduziu suficientemente o risco de complicações severas em pacientes que sofrem de sangramento no cérebro após um derrame. Já a farmacêutica britânica AstraZeneca teve um revés com um remédio que está sendo testado no tratamento de câncer de próstata.

"Com a aproximação do fim do mês e do trimestre, a tentação de realizar lucros pode acabar pesando sobre o sentimento", disse Ben Potter, estrategista de mercado da IG Markets. "Poucos dados sobre fundamentos foram divulgados hoje, o que poderia ter ajudado a fornecer algum suporte", acrescentou.

O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 25,06 pontos (0,45%), em 5.573,42 pontos. Mesmo assim, a IG Index disse que, no geral, o sentimento permanece positivo, apontando que o índice ainda acumula alta de quase 6% em setembro. Hoje, os papéis da mineradora African Barrick Gol tiveram desvalorização de 3,02%, os da Randgold Resources caíram 1,77%. O setor financeiro também teve um desempenho ruim (Old Mutual -1,00%, Lloyds -1,06%, Royal Bank of Scotland -0,97%, Standard Chartered -0,98%). A Unilever ganhou 1,28%.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou em queda de 19,41 pontos (0,31%), em 6.278,89 pontos. As ações da farmacêutica Merck KGaA perderam 1,43%, com sua recomendação sendo rebaixada pelo Deutsche Bank. A Deutsche Telekom caiu 0,83%. A fabricante de caminhões MAN recuou 1,19%. No campo positivo, a mineradora Kali & Salz Beteiligungs subiu 0,98%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 16,32 pontos (0,43%), em 3.766,16 pontos. As ações do Carrefour registraram retração de 2,71%, depois de o Bank of America Merrill Lynch rebaixar sua recomendação. A L'Oreal recuou 1,38%. A Sanofi-Aventis caiu 1,22%. A Schneider Electric perdeu 2,21%. Do outro lado, a rede de hotéis Accor ganhou 2,71%, após a empresa ter sua recomendação elevada pelo Credit Suisse.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 114,60 pontos (1,07%), em 10.613,00 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, recuou 13,78 pontos (0,07%) e fechou em 20.593,94 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 subiu 28,32 pontos (0,38%) e fechou em 7.472,38 pontos. As informações são da Dow Jones.

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