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Europa fecha em alta com interesse do Japão em bônus

Por Gustavo Nicoletta Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, puxados pelo avanço nos papéis de bancos após o ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, anunciar que o país planeja comprar mais de 20% dos bônus que serão oferecidos pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na […]

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 15h30.

Por Gustavo Nicoletta

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, puxados pelo avanço nos papéis de bancos após o ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, anunciar que o país planeja comprar mais de 20% dos bônus que serão oferecidos pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) neste mês. A declaração ajudou a tranquilizar os investidores, que recentemente voltaram a se preocupar com a capacidade das pequenas economias europeias de obter financiamento e honrar suas dívidas.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,50 pontos, ou 1,26%, para 281,98 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 avançou 57,73 pontos, ou 0,97%, para 6.014,03 pontos. O CAC 40, de Paris, fechou em alta de 59,89 pontos, ou 1,58%, aos 3.861,92 pontos. Em Frankfurt, o Xetra DAX teve ganho de 84,51 pontos, ou 1,23%, para 6.941,57 pontos. O IBEX, da Bolsa de Madri, subiu 144,30 pontos, ou 1,53%, para 9.582,10 pontos.

As ações de bancos e de outras instituições financeiras estavam entre os destaques da sessão. Em Londres, avançaram Barclays (+5,53%), HSBC (+2,42%), Lloyds (+1,52%) e RBS (+1,92%), enquanto em Paris tiveram alta Société Générale (+2,75%), Credit Agricole (+2,45%) e AXA (+1,73%).

Em outros setores, a Siemens subiu 3,02% depois de ter anunciado ontem que o lucro líquido do primeiro trimestre em suas operações contínuas será maior que o registrado um ano antes. As montadoras Peugeot e Renault tiveram ganho de 5,08% e de 3,87% após apresentarem dados positivos sobre as vendas na Europa.

Em Portugal, o primeiro-ministro, José Sócrates, disse que o país não precisa de um pacote de resgate e que o déficit fiscal de 2010 foi menor que a previsão de 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para Stephen Pope, diretor-gerente da Spotlight Ideas, os comentários de Sócrates tinham como mero objetivo acalmar os mercados antes do leilão de dívida de Portugal, que ocorrerá amanhã.

"Se Portugal acredita que pode evitar receber auxílio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), está simplesmente sendo iludido", disse Pope. "Os mercados não mentem, os yields (rendimentos) da dívida da nação estão subindo rapidamente para níveis que forçam os portugueses a seguirem a Grécia e a Irlanda para evitar um default, eles não têm escolha", acrescentou.

Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 avançou 174,75 pontos, ou 2,40%, para 7.460,62 pontos, puxado pelas ações do Banco Comercial Português e da Portugal Telecom, que fecharam em alta de 5,77% e de 2,69%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.

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