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EUA adotam medida que pode levar empresas chinesas a deixar Wall Street

Alterações decorrem de uma lei votada em dezembro de 2020 no Congresso, a HFCAA

Investimento no exterior: entenda as diferenças entre tesouros americanos e bonds corporativos. (fotog/Getty Images)
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AFP

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 21h41.

Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 23h34.

As autoridades reguladoras do mercado dos Estados Unidos (SEC) anunciaram nesta quinta-feira (2) que adotaram uma emenda aos seus regulamentos que lhes permite retirar do pregão as empresas que não auditam suas contas com auditores autorizados, algo que acontece com todas as empresas chinesas em Wall Street.

Essas alterações decorrem de uma lei votada em dezembro de 2020 no Congresso, a HFCAA, que exige que uma empresa de capital aberto nos Estados Unidos certifique suas contas por uma firma autorizada pela organização de contabilidade independente PCAOB.

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As empresas com ações na bolsa ou que emitem dívidas nos Estados Unidos têm até o final de 2022 para respeitar as novas normas, disse a SEC em um comunicado.

O mandato exige, entre outras coisas, que as empresas divulguem se são "de propriedade ou controladas" por um governo, acrescentou o órgão.

As empresas chinesas e de Hong Kong são notórias por não apresentarem suas demonstrações financeiras a auditores autorizados.

Este novo texto representa, portanto, uma ameaça à negociação dessas empresas na bolsa e foi divulgado no momento em que as autoridades chinesas impuseram novas exigências nos últimos meses para que as empresas sediadas na China fossem listadas nos Estados Unidos.

Segundo a agência especializada Bloomberg, as autoridades chinesas pediram ao "Uber chinês", Didi, que saísse de Wall Street.

Nesta quinta-feira, as ações do Alibaba atingiram seu nível mais baixo em quatro anos, com os rumores de que o gigante do comércio eletrônico chinês não seria mais listado na bolsa americana.

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