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Equatorial Energia estréia no nível 2 da Bovespa com alta de 17%

Investidores estão perdendo o medo de investir no setor, diz analista

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 14h20.

Os papéis da holding Equatorial Energia tiveram alta de 16,96% na estréia no Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nesta segunda-feira (03/04), atingindo o valor também de 16,96 reais cada unit - pacote composto por uma ação ordinária e duas preferenciais. A oferta da empresa reúne, no total, 32,4 milhões de units, cujo valor de distribuição atinge 469,800 milhões de reais.

A holding emitiu 12,8 milhões de novas ações e realizou oferta secundária de outras 19,6 milhões, vendidas pelos sócios da Equatorial antes da oferta, o grupo GP Investimentos e o Fundo Pactual. A forma de oferta escolhida foram as units, lançadas com preço inicial de 14,50 reais. Hoje a Equatorial controla a Cemar, distribuidora do estado do Maranhão que atende a 21,4% do Nordeste, em extensão de área de concessão, e fornece energia para cerca de 1,61 milhão de pessoas.

No pregão do dia, o Ibovespa (principal índice da Bovespa) teve alta de 2,02%, com fechamento aos 38.717 pontos. Com a entrada da Equatorial, o nível 2 da Bovespa agora reúne 12 empresas, entre as quais duas do setor de energia: Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e Eletropaulo. Para entrar neste mercado, as companhias devem seguir regras que garantam transparência na contabilidade e boas práticas de relacionamento com acionistas.

Medo perde espaço

Para Rosângela Ribeiro, analista do setor elétrico da ABN Amro Real Corretora, este deve ser um ano de bons negócios em bolsa para as empresas de energia. "O setor deve ter uma boa performance. Começou o ano de 2006 com valorização, que já se reflete em boa parte dos papéis", afirma. A economista explica que a demanda pelos papéis tem aumentando, estimulada por perspectivas de crescimento do consumo de energia e pelo fim do receio de um novo "apagão". "Os investidores estão perdendo o medo", afirma.

Rosângela destaca ainda como motivos para a redução do temor o controle mais rígido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as empresas e os leilões de energia velha, que permitiram a recuperação do fluxo de caixa de companhias do setor. A analista ainda acrescenta: " Estamos observando o alongamento das dívidas do setor. Um ponto positivo tanto para as geradoras quanto para as distribuidoras", afirma.

No entanto, as ações do setor podem sofrer volatilidade a partir da segunda quinzena de junho, afetadas pelas eleições presidenciais, diz Rosângela. "Como a maioria das empresas elétricas ainda  é estatal, pode ser que aconteça, mas nada ligado a risco do setor", explica.

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