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Equador leiloará campos de petróleo que pertenciam a empresas

QUITO, 12 de dezembro (Reuters) - O Equador vai leiloar vários campos de petróleo, inclusive alguns que antes eram de empresas estrangeiras que deixaram o país no mês passado por recusarem-se a aceitar um novo contrato, disse o ministro dos Recursos Naturais no sábado. Será o primeiro leilão de áreas de exploração desde que o […]

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 15h55.

QUITO, 12 de dezembro (Reuters) - O Equador vai leiloar
vários campos de petróleo, inclusive alguns que antes eram de
empresas estrangeiras que deixaram o país no mês passado por
recusarem-se a aceitar um novo contrato, disse o ministro dos
Recursos Naturais no sábado.

Será o primeiro leilão de áreas de exploração desde que o
presidente esquerdista Rafael Correa assumiu o poder, em 2007,
e começou a renegociar contratos com as empresas que operam na
nação andina.

A Petrobras , a chinesa CNPC e duas outras
empresas pequenas rejeitaram os novos termos dos contratos e
desistiram de suas áreas de exploração em novembro.

Várias outras concordaram com o novo contrato, que acaba
com o sistema de partilha de lucros e coloca as empresas em
posição de prestadoras de serviço do governo.

"Em abril vamos oferecer novos blocos inclusive áreas
deixadas por empresas que operavam no país anteriormente",
disse o ministro dos Recursos Naturais, Wilson Pastor, a
repórteres.

Correa desafiou investidores impondo novos termos a
contratos de mineração e extração petrolífera. Ele também
declarou moratória em 3,2 bilhões de dólares em dívida externa
em 2008.

Vários governos na América do Sul, inclusive os do Brasil e
Venezuela, também decidiram recentemente aumentar a
participação do governo na receita gerada pela extração de
petróleo e gás.

Correa diz que quer atrair investimento estrangeiro para o
país e que está apenas garantindo que a pequena nação andina
faça negócios justos. "Não estamos tentando entrar em confronto
com as multinacionais apenas por causa de um senso de
nacionalismo impertinente ou para causar uma reação. Trata-se
de garantir que teremos o máximo de benefícios com negociações
adequadas e patrióticas", disse Correa durante a cerimônia de
abertura de uma reunião da Opep, da qual o Equador é o menor
membro.

A área previamente operada pela Petrobras, o bloco 18, não
será incluída no leilão, já que produz 19.300 barris por dia e
a lei do Equador proíbe o leilão de áreas em operação. "Haverá
áreas pequenas e grandes", disse Pastor.

A espanhola Repsol, a italiana Eni e um consórcio chinês
além da chilena Enap concordaram com os novos contratos que o
governo diz que vão aumentar de 70 por cento para 80 por cento
a participação do Equador nos lucros da produção de petróleo.

As empresas concordaram em investir um total de 1,2 bilhão
de dólares para aumentar gradualmente a produção.

(Por Alexandra Valencia)

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