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Empresa de cannabis canadense dispara 31% após estreia na bolsa nos EUA

Tilray, dedicada a pesquisa, cultivo, processamento e distribuição de maconha medicinal em nível global, saiu à bolsa com oferta de 9 milhões de ações

Cannabis: empresa que distribui a erva arrecadou US$ 153 milhões na sua abertura e seu valor de mercado chegou a US$ 1,43 bilhão (Nir Elias/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de julho de 2018 às 20h48.

Nova York - A empresa canadense de maconha medicinal Tilray estreou nesta quinta-feira no índice composto do mercado Nasdaq, onde seu valor disparou 31,71% após se transformar na primeira desse tipo a fazer sua oferta pública inicial de ações em uma bolsa dos Estados Unidos.

A Tilray, dedicada a pesquisa, cultivo, processamento e distribuição de maconha medicinal em nível global, saiu nesta quinta-feira à bolsa com a sigla "TLRY", com uma oferta de 9 milhões de ações e um preço de referência de US$ 17.

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Após a alta de 31,71% no dia da sua estreia, o valor por título da Tilray ficou em US$ 22,39 no fechamento do índice Nasdaq.

A empresa arrecadou US$ 153 milhões na sua abertura e seu valor de mercado chegou a US$ 1,43 bilhão, de acordo com os analistas.

Esta companhia especializada se soma a outras duas gigantes da maconha canadenses que já estão presentes no mercado americano: a Cronos, que estreou na Nasdaq em fevereiro, e a Canopy, que chegou à Bolsa de Nova York em maio.

Essas duas empresas já cotavam em bolsas canadenses, ao contrário da Tilray, que escolheu diretamente os EUA para fazer sua oferta pública inicial, coincidindo com um momento no qual o Canadá se prepara para legalizar o uso da planta para fins recreativos, o que deve acontecer no próximo mês de outubro.

Os analistas não preveem que este evento atraia um grande número de empresas deste tipo do Canadá , mas talvez mude as perspectivas para as americanas, que têm dificuldades para se lançar nas bolsas do seu país.

As bolsas dos EUA impõem restrições para empresas que violaram leis federais, e, enquanto as canadenses cumprem com as suas nacionais, as americanas podem não cumprir com os requisitos.

Também encontram obstáculos no país vizinho, onde desde outubro do ano passado a Bolsa de Toronto lhes impede de cotar, já que "é ilegal sob a lei federal dos EUA cultivar, distribuir ou possuir maconha" e as transações financeiras relacionadas com isso podem ser perseguidas por serem consideradas lavagem de dinheiro.

Nesse sentido, o executivo-chefe de Tilray, Brendan Kennedy, disse ao site Marketwatch que a sua saída à bolsa nos EUA representa uma "mudança na percepção" da sociedade a respeito do setor da maconha.

"É só o princípio, temos uma visão global de longo prazo e queremos ver este acontecimento como uma validação para o setor inteiro, não apenas para nós", acrescentou.

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