Ibovespa: Eletrobras foi o destaque negativo da sessão, enquanto a alta da Vale atenuou a pressão negativa (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 17 de outubro de 2018 às 17h21.
Última atualização em 17 de outubro de 2018 às 17h38.
São Paulo - O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quarta-feira, 17, no fim de uma sessão volátil, acompanhando o mercado movimentos do mercado externo, com ações da Eletrobras na ponta negativa, enquanto a alta de Vale atenuou a pressão.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve variação positiva de 0,05 por cento, a 85.763,95 pontos, após oscilar da mínima de 84.944,05 pontos à 86.167,32 pontos. O giro financeiro somou 14,5 bilhões de reais.
Em Wall Street, S&P 500 e Dow Jones também alternaram alta e baixa, fechando com pequenas perdas, com resultados corporativos e a ata da última decisão de juros do Federal Reserve no radar.
Na visão do analista Filipe Villegas, da corretora Genial, com as pesquisas consolidando o favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL), investidores têm começado a acompanhar questões externas e a se preparar para a temporada de balanços.
"Mudou um pouco o foco, que está se voltando um pouco mais para o exterior", afirmou, avaliando que a cena política deve voltar com mais força para os holofotes quando o presidente eleito se posicionar sobre o governo de transição.
A safra de resultados no Brasil está prevista para começar na próxima semana.
- ELETROBRAS PNB caiu 5,38 por cento e ELETROBRAS ON recuou 3,72 por cento, após o Senado rejeitar na véspera o projeto de lei que ajudaria na privatização de distribuidoras da elétrica, especialmente a unidade do Amazonas, cujo leilão previsto para 25 de outubro.
- PETROBRAS PN cedeu 1,05 por cento, também pesando no Ibovespa, com a queda dos preços do petróleo no exterior.
- VALE subiu 1,91 por cento, ainda apoiada na repercussão positiva a dados operacionais do terceiro trimestre. Na véspera, a companhia também disse que prevê obter um fluxo de caixa livre (excluindo desinvestimentos) de aproximadamente 10 bilhões de dólares em 2018, quase o triplo dos 3,4 bilhões de dólares do ano passado.
- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,04 por cento. BRADESCO PN subiu 0,12 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT avançou 0,32 por cento, e BANCO DO BRASIL fechou em alta de 0,86 por cento.
- CEMIG PN cedeu 0,84 por cento, após o candidato ao governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) abrandar o discurso sobre propostas de privatização da companhia, bem como da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), segundo entrevista concedida ao G1.
- CYRELA teve baixa de 1,46 por cento, após a construtora elevar em 72,7 por cento os lançamentos no terceiro trimestre ante igual período de 2017, a 918 milhões de reais.
- CARREFOUR BRASIL caiu 1,15 por cento, tendo no radar dados de vendas no terceiro trimestre. Considerando a mesma base de lojas de um ano antes, as vendas brutas do grupo cresceram 5,1 por cento no período.