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Em NY, bolsas caem e índices têm forte queda no 3º tri

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda, pressionados por indicadores fracos sobre a economia global divulgados ao longo desta sexta-feira e acumulando perdas acentuadas no terceiro trimestre. O Dow Jones caiu 240,60 pontos, ou 2,16%, para 10.913,38 pontos, mas subiu 1,32% na semana. A Hewlett-Packard liderou […]

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2011 às 19h02.

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda, pressionados por indicadores fracos sobre a economia global divulgados ao longo desta sexta-feira e acumulando perdas acentuadas no terceiro trimestre.

O Dow Jones caiu 240,60 pontos, ou 2,16%, para 10.913,38 pontos, mas subiu 1,32% na semana. A Hewlett-Packard liderou as perdas entre os componentes do índice, recuando 5,59%, seguida pela Alcoa (-4,87%). O Nasdaq fechou em baixa de 65,36 pontos, ou 2,63%, a 2.415,40 pontos, e acumulou um declínio de 2,73% na semana, enquanto o S&P 500 caiu 28,98 pontos, ou 2,50%, para 1.131,42 pontos, recuando 0,44% na semana.

Em setembro, os três índices acumularam queda, liderados pelo S&P 500, que recuou 7,17%, seguido pelo Nasdaq (-6,36%) e pelo Dow Jones (-6,03%). As perdas no trimestre, porém, foram ainda maiores, com o Dow Jones caindo 12,09% e registrando seu pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009. O Nasdaq teve declínio trimestral de 12,91%, enquanto o S&P 500 recuou 14,32%. Foi o desempenho mais fraco de ambos os índices desde o quarto trimestre de 2008.

No início do dia, dados mostraram que o índice de preços ao consumidor da zona do euro subiu 3% em setembro na comparação com igual período do ano passado. O dado azedou o humor do mercado antes mesmo da abertura das bolsas norte-americanas, pois diminuiu as expectativas de um corte na taxa de juro do bloco monetário na semana que vem.

"A leitura de inflação jogou um balde de água fria no mercado", disse Doug Cote, estrategista-chefe de mercado do ING Investment Management. "Ela dificulta o corte nos juros pelo Banco Central Europeu e muita gente estava interpretando essa potencial redução como uma forma de estimular a economia", acrescentou. Também pesou sobre o mercado o fato de o índice de atividade industrial da China medido pelo HSBC ter permanecido em 49,9 em setembro. Por ser inferior a 50, a leitura sugere contração.

Nos EUA, dados mostraram que a renda pessoal dos norte-americanos caiu em agosto na comparação com o mês anterior. Foi a primeira queda desde outubro de 2009. Os gastos pessoais, no entanto, cresceram 0,2% na mesma base de comparação. Além disso, o índice de sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan subiu para 59,4 em setembro, de 55,7 em agosto, superando a previsão de analistas, que esperavam um aumento para 57,8.

As bolsas chegaram a devolver parte das perdas depois de o presidente do Berkshire Hathaway, Warren Buffett, ter dito à rede de notícias CNBC que a empresa começou o programa de recompra de ações. Entre os destaques da sessão, a Kodak caiu 53,85%, em meio a receios com a possibilidade de a empresa pedir concordata. As negociações com ações da companhia foram suspensas quatro vezes hoje por causa do forte declínio nos preços. As informações são da Dow Jones.

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