Eletrobras tem renúncia de 9 dos 11 conselheiros após privatização
Saída dos membros permite a formação de um novo conselho para a empresa
Beatriz Quesada
Publicado em 20 de junho de 2022 às 07h00.
Última atualização em 20 de junho de 2022 às 07h50.
A Eletrobras (ELET3/ELET6) informou em fato relevante que recebeu no último sábado, 18, a renúncia de nove de seus dez conselheiros de administração. A justificativa da saída dos executivos é abrir caminho para a eleição de um novo colegiado após a privatização da empresa na última semana.
"[A renúncia] trata-se de boa prática de governança corporativa e de justiça social, que os atuais conselheiros se orgulham em cumprir – o que permitirá à Eletrobras, na condição de Corporation, estabelecer um novo cenário na composição do seu conselho aderente à sua atual realidade jurídica e acionária", afirmaram os conselheiros em carta de renúncia.
Assinaram o documento Rodrigo Limp, Ruy Flacks Schneider, Marcelo de Siqueira Freitas, Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho, Ana Carolina Marinho, Jeronimo Antunes, Ana Silvia Corso Matte, Felipe Villela Dias e Daniel Alves Ferreira.
Sete dos que renunciaram eram indicados da união – Villela Dias e Alves Ferreira eram indicados pelos minoritários. O único a permanecer no posto foi Carlos Eduardo Rodrigues Pereira, representante dos empregados. Segundo a empresa, a permanência ocorre uma vez que o regime de eleição do representante dos funcionários tem um processo de eleição separado.
A companhia informou ainda que Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras, renunciou somente ao cargo de conselheiro e permanece no comando da companhia.
Os conselheiros que renunciaram permanecerão no cargo até a posse dos novos membros, que deverão ser eleitos em Assembleia Geral Extraordinária. A AGE convocada pela empresa ainda não tem data marcada para ocorrer.