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Eike pode voltar a mercado de dívida após OGX bater concorrentes

Empresário estaria procurando levantar recursos no mercado de dívida, após suas empresas venderem cerca de US$ 7,3 bilhões em ações nos últimos cinco anos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 10h28.

Nova York - O bilionário Eike Batista avalia voltar a fazer uma captação no exterior para levantar recursos para a OSX Brasil SA após os títulos da OGX Petróleo e Gás Participações SA, que marcaram a estreia do grupo no mercado de dívida há seis meses, baterem papéis com classificação similar.

O diretor financeiro da OSX, Roberto Monteiro, disse em 1º de dezembro que a fabricante de navios pode vender papéis no exterior pela primeira vez para ajudar a financiar a construção de uma plataforma de petróleo. O rendimento dos papéis da emissão de US$ 2,56 bilhões da OGX subiu 42 pontos-base, ou 0,42 ponto percentual, desde a oferta em maio, para 8,97 por cento, segundo dados compilados pela Bloomberg. O rendimento de títulos de dívida global de dívida mundial com classificação B, a mesma da OGX, disparou 155 pontos-base, segundo indices do Bank of America Corp.

Eike Batista, de 55 anos, estaria procurando levantar recursos no mercado de dívida, após suas empresas venderem cerca de US$ 7,3 bilhões em ações nos últimos cinco anos, para financiar investimentos em energia, mineração e transporte. Investidores podem fugir dos papéis da OSX porque o maior cliente da empresa é a própria OGX, que ainda não produz petróleo, e a demanda por ativos de alto risco continua fraca em meio à crise da dívida europeia, disse Bevan Rosenbloom, estrategista de crédito do Citigroup Inc. em Nova York.

“No que diz respeito a títulos, para uma companhia que basicamente tem um cliente, não estou totalmente convencido que haja necessariamente um mercado para esse tipo de coisa”, disse Rosenbloom em entrevista por telefone. “Não há exatamente um negócio externo sustentando a OGX, o que faz isso soar um pouco especulativo para mim. Quando a OGX captou, o momento era bom. As coisas estavam quietas em relação à volatilidade global. Não é o caso agora.”

Empréstimo bancário

Os papéis da OGX pagam 575 pontos-base a mais do que os títulos do governo brasileiro com vencimento em 2019, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A empresa tem classificação de risco cinco níveis inferior ao grau de investimento na escala da Standard & Poor’s e seis níveis inferior à nota soberana. A OSX não tem classificação.


A OSX, sediada no Rio de Janeiro, tenta acessar os mercados de empréstimos e de títulos para financiar a construção de plataformas de petróleo. O objetivo é fornecer à OGX 48 unidades para uso em alto-mar no valor de US$ 30 bilhões ao longo da próxima década.

A companhia conseguiu um empréstimo bancário de US$ 850 milhões e prazo de 12 anos junto a um grupo formado por ING Groep NV, Banco Itaú BBA SA e Banco Santander SA para construção de sua segunda plataforma, chamada OSX-2. A empresa está erguendo plataformas fora do Brasil enquanto constrói um estaleiro no Rio de Janeiro. A primeira embarcação, chamada OSX- 1, chegou no mês passado.

Estratégias

Monteiro disse em entrevista por telefone do Rio em 1º dezembro que a OSX está analisando duas estratégias para captar mais US$ 850 milhões até julho para construção de uma FPSO, sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transbordo. A empresa pode pegar outro empréstimo de US$ 850 milhões com vencimento em 12 anos ou vender títulos de prazo mais curto em combinação com um financiamento bancário, disse ele.

“Não descartamos a possibilidade de emitir um bônus para financiamento de longo prazo da plataforma OSX-3, que vai acontecer em 2012”, disse a empresa em e-mail enviado em resposta a perguntas da reportagem. “Isso não significa, no entanto, que estejamos planejando emitir títulos.”


Especulações de que a OGX está mais perto de cumprir o plano de produção petrolífera colaboraram para o desempenho superior dos títulos da empresa em relação a outras de classificação de risco similar, segundo Rosenbloom, do Citigroup.

Produção petrolífera

Marcelo Torres, diretor financeiro da OGX, disse em 24 de novembro no Rio de Janeiro que a companhia planeja começar a extrair petróleo antes do fim deste ano e que as vendas anuais podem chegar a US$ 15 bilhões em 2015. A empresa afirmou no ano passado que começaria a produzir petróleo até meados de 2011.

A OGX não quis fazer comentários.

“Não acho que os investidores entrariam com o mesmo apetite que tiveram pela OGX”, no caso de uma oferta de títulos da OSX, disse Leonardo Kestelman, diretor-gerente da Dinosaur Securities Inc., em entrevista por telefone de São Paulo. “Há pouquíssimo dinheiro disponível para risco atualmente e os investidores precisam ser seletivos. Existem empresas ao redor do mundo oferecendo rendimento menor, mas com fundamentos muito melhores.”

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O diretor financeiro da OSX, Roberto Monteiro, disse em 1º de dezembro que a fabricante de navios pode vender papéis no exterior pela primeira vez para ajudar a financiar a construção de uma plataforma de petróleo. O rendimento dos papéis da emissão de US$ 2,56 bilhões da OGX subiu 42 pontos-base, ou 0,42 ponto percentual, desde a oferta em maio, para 8,97 por cento, segundo dados compilados pela Bloomberg. O rendimento de títulos de dívida global de dívida mundial com classificação B, a mesma da OGX, disparou 155 pontos-base, segundo indices do Bank of America Corp.

Eike Batista, de 55 anos, estaria procurando levantar recursos no mercado de dívida, após suas empresas venderem cerca de US$ 7,3 bilhões em ações nos últimos cinco anos, para financiar investimentos em energia, mineração e transporte. Investidores podem fugir dos papéis da OSX porque o maior cliente da empresa é a própria OGX, que ainda não produz petróleo, e a demanda por ativos de alto risco continua fraca em meio à crise da dívida europeia, disse Bevan Rosenbloom, estrategista de crédito do Citigroup Inc. em Nova York.

“No que diz respeito a títulos, para uma companhia que basicamente tem um cliente, não estou totalmente convencido que haja necessariamente um mercado para esse tipo de coisa”, disse Rosenbloom em entrevista por telefone. “Não há exatamente um negócio externo sustentando a OGX, o que faz isso soar um pouco especulativo para mim. Quando a OGX captou, o momento era bom. As coisas estavam quietas em relação à volatilidade global. Não é o caso agora.”

Empréstimo bancário

Os papéis da OGX pagam 575 pontos-base a mais do que os títulos do governo brasileiro com vencimento em 2019, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. A empresa tem classificação de risco cinco níveis inferior ao grau de investimento na escala da Standard & Poor’s e seis níveis inferior à nota soberana. A OSX não tem classificação.


A OSX, sediada no Rio de Janeiro, tenta acessar os mercados de empréstimos e de títulos para financiar a construção de plataformas de petróleo. O objetivo é fornecer à OGX 48 unidades para uso em alto-mar no valor de US$ 30 bilhões ao longo da próxima década.

A companhia conseguiu um empréstimo bancário de US$ 850 milhões e prazo de 12 anos junto a um grupo formado por ING Groep NV, Banco Itaú BBA SA e Banco Santander SA para construção de sua segunda plataforma, chamada OSX-2. A empresa está erguendo plataformas fora do Brasil enquanto constrói um estaleiro no Rio de Janeiro. A primeira embarcação, chamada OSX- 1, chegou no mês passado.

Estratégias

Monteiro disse em entrevista por telefone do Rio em 1º dezembro que a OSX está analisando duas estratégias para captar mais US$ 850 milhões até julho para construção de uma FPSO, sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transbordo. A empresa pode pegar outro empréstimo de US$ 850 milhões com vencimento em 12 anos ou vender títulos de prazo mais curto em combinação com um financiamento bancário, disse ele.

“Não descartamos a possibilidade de emitir um bônus para financiamento de longo prazo da plataforma OSX-3, que vai acontecer em 2012”, disse a empresa em e-mail enviado em resposta a perguntas da reportagem. “Isso não significa, no entanto, que estejamos planejando emitir títulos.”


Especulações de que a OGX está mais perto de cumprir o plano de produção petrolífera colaboraram para o desempenho superior dos títulos da empresa em relação a outras de classificação de risco similar, segundo Rosenbloom, do Citigroup.

Produção petrolífera

Marcelo Torres, diretor financeiro da OGX, disse em 24 de novembro no Rio de Janeiro que a companhia planeja começar a extrair petróleo antes do fim deste ano e que as vendas anuais podem chegar a US$ 15 bilhões em 2015. A empresa afirmou no ano passado que começaria a produzir petróleo até meados de 2011.

A OGX não quis fazer comentários.

“Não acho que os investidores entrariam com o mesmo apetite que tiveram pela OGX”, no caso de uma oferta de títulos da OSX, disse Leonardo Kestelman, diretor-gerente da Dinosaur Securities Inc., em entrevista por telefone de São Paulo. “Há pouquíssimo dinheiro disponível para risco atualmente e os investidores precisam ser seletivos. Existem empresas ao redor do mundo oferecendo rendimento menor, mas com fundamentos muito melhores.”

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