Dólar volta acima de R$1,65 com possível ação do governo
São Paulo - O dólar subia além de 1,65 real nos primeiros negócios desta Quarta-Feira de Cinzas, refletindo a expectativa do mercado com novas medidas do governo para frear a valorização do real. Às 13h57, a moeda norte-americana subia 0,67 por cento, a 1,656 real. Na sexta-feira, uma fonte do Ministério da Fazenda afirmou à […]
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2011 às 14h01.
São Paulo - O dólar subia além de 1,65 real nos primeiros negócios desta Quarta-Feira de Cinzas, refletindo a expectativa do mercado com novas medidas do governo para frear a valorização do real.
Às 13h57, a moeda norte-americana subia 0,67 por cento, a 1,656 real.
Na sexta-feira, uma fonte do Ministério da Fazenda afirmou à Reuters que o governo poderia anunciar logo depois do Carnaval medidas como uma elevação da taxação sobre investimentos estrangeiros.
De acordo com a fonte, que não descartou a adoção de uma quarentena, o mais provável é que o governo anuncie algo na quinta-feira, após monitorar o comportamento do mercado nesta sessão. [ID:nN04238181] O dólar fechou abaixo de 1,65 real na sexta-feira pela primeira vez desde setembro de 2008, influenciado pela contínua entrada de recursos no país e pela fraqueza recente da moeda norte-americana no exterior. [ID:nN04217602] A queda recente do dólar aconteceu após semanas de volatilidade muito baixa em meio às frequentes intervenções do Banco Central no mercado. A autoridade monetária tem comprado dólares à vista, a termo e no futuro.
Em meio à tendência de valorização do real, os investidores estrangeiros aumentaram a posição vendida na moeda dos Estados Unidos a 15,053 bilhões de dólares nos mercados futuro e de cupom cambial da BM&FBovespa na sexta-feira. A posição é a maior desde novembro do ano passado.
Apesar da expectativa de novas medidas, o movimento nesta quarta-feira, por ora, era considerado "fraco" pelo operador de uma das principais corretoras. O mercado abriu somente às 13h.
Dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa mostravam pouco mais de 500 milhões de dólares em operações na primeira hora de negócios.