Dólar volta a R$3,75 e acumula perda de 4,87% na semana
Federal Reserve reforçar as expectativas de que a taxa de juros norte-americana deve subir somente em 2016
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 17h43.
São Paulo - O dólar emplacou nesta sexta-feira, 9, mais um dia de baixa ante o real, sob influência direta do exterior. A perspectiva de que o Federal Reserve ( Fed , o banco central americano) eleve os juros apenas em 2016, que ganhou corpo desde o último dia 2, continuou servindo de motivo para que, no Brasil, investidores reduzissem posições compradas na moeda americana.
O dólar à vista de balcão cedeu 1,55%, aos R$ 3,7510. Na semana, a divisa acumulou baixa de 4,87% e, no mês, recuo de 5,61%.
Na máxima de hoje, às 10h28, a divisa marcou R$ 3,7740 (-0,94%) e, na mínima, vista às 12h11, 12h11, atingiu R$ 3,7240 (-2,26%).
No mercado futuro, cujos negócios terminam apenas às 18 horas, a moeda para novembro (a mais líquida) caía nesta tarde 0,92%, aos R$ 3,7785.
O viés era claramente negativo para o dólar no início do dia, após a ata do último encontro do Fed, divulgada ontem, ter trazido indicações de que o aperto monetário nos EUA ficará para um futuro mais distante.
Entre os fatores que levam os investidores a concluírem isso estão a projeção de inflação do Fed, indicando taxa inferior a 2% até o fim de 2018, e as preocupações com várias economias ao redor do mundo, incluindo Brasil e China.
Durante esta sexta-feira, dirigentes da instituição comentaram publicamente a questão da alta de juros nos EUA - que quando vier poderá atrair recursos que, atualmente, estão aplicados em países como o Brasil.
E mais uma vez não ficou claro, pelos discursos, qual será a postura da instituição, embora a maior parte dos players tendam a esperar por um aumento de taxas apenas em 2016.
O presidente da regional de Chicago do Fed, Charles Evans, afirmou que o momento de elevação dos juros não é tão importante quanto o ritmo da ação.
"A taxa de juros deveria ficar abaixo de 1% até o fim de 2016", afirmou. Segundo ele, a decisão do Fed será guiada pelos indicadores. "Quero ter mais confiança de que a inflação subirá antes de apoiar a elevação de juros", acrescentou.
Já o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que, se a economia evoluir como esperado, "as taxas serão elevadas em 2015".
"O Fed poderá aumentar as taxas de juros em sua reunião de política monetária em outubro", disse. Ao mesmo tempo, o titular do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse ser improvável a adoção de taxas negativas de juros no curto prazo.
Internamente, poucos fatores novos surgiram do cenário político, e nenhum deles serviu para prejudicar os negócios no câmbio.
Mesmo porque, na sexta-feira a maior parte dos parlamentares já está longe de Brasília - ainda mais com um feriado na segunda-feira (Nossa Senhora Aparecida).
Matéria atualizada às 17h43
São Paulo - O dólar emplacou nesta sexta-feira, 9, mais um dia de baixa ante o real, sob influência direta do exterior. A perspectiva de que o Federal Reserve ( Fed , o banco central americano) eleve os juros apenas em 2016, que ganhou corpo desde o último dia 2, continuou servindo de motivo para que, no Brasil, investidores reduzissem posições compradas na moeda americana.
O dólar à vista de balcão cedeu 1,55%, aos R$ 3,7510. Na semana, a divisa acumulou baixa de 4,87% e, no mês, recuo de 5,61%.
Na máxima de hoje, às 10h28, a divisa marcou R$ 3,7740 (-0,94%) e, na mínima, vista às 12h11, 12h11, atingiu R$ 3,7240 (-2,26%).
No mercado futuro, cujos negócios terminam apenas às 18 horas, a moeda para novembro (a mais líquida) caía nesta tarde 0,92%, aos R$ 3,7785.
O viés era claramente negativo para o dólar no início do dia, após a ata do último encontro do Fed, divulgada ontem, ter trazido indicações de que o aperto monetário nos EUA ficará para um futuro mais distante.
Entre os fatores que levam os investidores a concluírem isso estão a projeção de inflação do Fed, indicando taxa inferior a 2% até o fim de 2018, e as preocupações com várias economias ao redor do mundo, incluindo Brasil e China.
Durante esta sexta-feira, dirigentes da instituição comentaram publicamente a questão da alta de juros nos EUA - que quando vier poderá atrair recursos que, atualmente, estão aplicados em países como o Brasil.
E mais uma vez não ficou claro, pelos discursos, qual será a postura da instituição, embora a maior parte dos players tendam a esperar por um aumento de taxas apenas em 2016.
O presidente da regional de Chicago do Fed, Charles Evans, afirmou que o momento de elevação dos juros não é tão importante quanto o ritmo da ação.
"A taxa de juros deveria ficar abaixo de 1% até o fim de 2016", afirmou. Segundo ele, a decisão do Fed será guiada pelos indicadores. "Quero ter mais confiança de que a inflação subirá antes de apoiar a elevação de juros", acrescentou.
Já o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que, se a economia evoluir como esperado, "as taxas serão elevadas em 2015".
"O Fed poderá aumentar as taxas de juros em sua reunião de política monetária em outubro", disse. Ao mesmo tempo, o titular do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse ser improvável a adoção de taxas negativas de juros no curto prazo.
Internamente, poucos fatores novos surgiram do cenário político, e nenhum deles serviu para prejudicar os negócios no câmbio.
Mesmo porque, na sexta-feira a maior parte dos parlamentares já está longe de Brasília - ainda mais com um feriado na segunda-feira (Nossa Senhora Aparecida).
Matéria atualizada às 17h43