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Dólar vai ao nível de R$ 3,22, menor desde fim de novembro

Neste início de ano, profissionais têm chamado a atenção para ingresso de recursos em meio a um ambiente mais favorável

Dólar: no exterior, o dólar tinha queda ante uma cesta de moedas (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 17h14.

São Paulo - O dólar firmou trajetória de baixa e encerrou a quarta-feira no menor nível ante o real desde o final de novembro, com fluxo vendedor se sobrepondo à alta da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes.

O dólar recuou 0,56 por cento, a 3,2282 reais na venda, menor nível desde de 28 de novembro passado (3,2087 reais).

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Na mínima, a moeda norte-americana foi a 3,2260 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

"A moeda (norte-americana) abriu em alta e já acima de 3,25 reais, mas daí exportadores entraram vendendo", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

À tarde, esse movimento ganhou força e o dólar renovou várias vezes a mínima da sessão. Neste início de ano, profissionais têm chamado a atenção para ingresso de recursos em meio a um ambiente mais favorável, o que pode ser reforçado com captações como a da Rumo Logística, de 500 milhões de dólares em bônus de 7 anos.

No exterior, o dólar tinha queda ante uma cesta de moedas depois da informação de que a China estaria pronta para reduzir suas compras de Treasuries dos Estados Unidos.

Ante divisas de emergentes, a moeda norte-americana subia frente a algumas divisas, como o peso chileno. Os investidores aguardavam números de inflação norte-americanos programados para o final desta semana, que poderão fornecer pistas adicionais sobre o ritmo de aumento de juros nos EUA.

Para Silva, o dólar deve ficar oscilando pouco pelo menos até a semana do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acontecimento político que está atraindo as atenções dos mercados financeiros.

O ex-presidente será julgado, no dia 24 de janeiro, em segunda instância pelo caso do tríplex no Guarujá, pelo qual foi condenado a mais de nove anos de prisão. Os investidores apostavam que a decisão será confirmada, o que pode tirá-lo da corrida eleitoral deste ano.

O mercado também seguia cauteloso frente às negociações do governo para conseguir aprovar a reforma da Previdência no Congresso.

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