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Dólar tem leve alta em meio a tensão geopolítica global

Às 10:32, o dólar avançava 0,16 por cento, a 3,4170 reais na venda, após recuar na véspera 0,31 por cento, a 3,4114 reais

O dólar registrava leve alta ante o real nesta quarta-feira, de olho nas tensões geopolíticas globais (Ian Waldie/Reuters)

O dólar registrava leve alta ante o real nesta quarta-feira, de olho nas tensões geopolíticas globais (Ian Waldie/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2018 às 09h30.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 10h35.

São Paulo - O dólar registrava leve alta ante o real nesta quarta-feira, em meio às tensões geopolíticas globais depois de troca de farpas entre Rússia e Estados Unidos devido ao uso de armas químicas na Síria e com os investidores ainda cautelosos diante da cena política local.

Às 10:32, o dólar avançava 0,16 por cento, a 3,4170 reais na venda, após recuar na véspera 0,31 por cento, a 3,4114 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,25 por cento.

"A instabilidade externa se soma à doméstica", explicou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa.

Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, alertou a Rússia para uma iminente ação militar na Síria devido a um suposto ataque com gás venenoso, declarando que mísseis "estão a caminho", e criticou Moscou por apoiar o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Foi uma resposta a um alerta da Rússia na terça-feira de que qualquer míssil dos EUA lançado contra Síria seria derrubado e que o local de lançamento viraria um alvo.

Essas incertezas provocavam aversão ao risco no exterior e o dólar recuava ante a cesta de moedas, mas subia ante a maioria das divisas de países emergentes.

Do lado doméstico, a cautela permanece com as incertezas em torno do quatro político, após o julgamento que poderia ocorrer nesta quarta-feira para rediscutir o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução da pena após condenações em segunda instância ter sido adiado.

Se o entendimento for alterado, presos após condenação em segunda instância, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, podem ser soltos.

Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, é considerado pelos mercados financeiros menos comprometido com o ajuste fiscal. Mesmo que eventualmente não possa concorrer nas eleições deste ano, ele pode atuar como forte cabo eleitoral e transferir seus votos a um candidato que desagrade aos mercados, levando os investidores a tomarem posições de proteção.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em maio e somam 2,565 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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