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Dólar tem estabilidade com expectativa de estímulo nos EUA

O banco central dos Estados Unidos poderá anunciar novas medidas para estimular o crescimento econômico do país hoje

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 11h41.

São Paulo - Os mercados trabalhavam em compasso de espera nesta quarta-feira, com o dólar rondando a estabilidade ante o real, em meio a expectativas de que o banco central dos Estados Unidos poderá anunciar novas medidas para estimular o crescimento econômico do país.

Às 11h17 (horário de Brasília), a moeda norte-americana tinha ligeira queda de 0,01 por cento, para 2,0271 reais.

Em relação a uma cesta de divisas, o dólar tinha oscilação negativa de 0,08 por cento.

"Os mercados hoje estão operando pautados na expectativa de que o Fed possa vir com algo para ajudar a economia. E por 'algo' entende-se 'qualquer coisa'", resumiu o economista sênior do BES Investimento Flavio Serrano.

Diante de dados recentes mostrando que a maior economia do mundo está vacilando para se recuperar, muitos economistas esperam que o Federal Reserve amplie a chamada Operação Twist, ferramenta com qual a instituição vende dívidas no curto prazo e compra bônus com prazo de vencimento mais longo para reduzir os custos dos empréstimos.

Embora menos provável, o banco central norte-americano poderá ainda anunciar uma terceira rodada de "quantitative easing", programa em que o Fed emite moeda e compra ativos do país, injetando liquidez nos mercados financeiros.

Para um economista sênior de um grande banco internacional, o mercado de câmbio brasileiro está completamente ligado à cena externa e deverá continuar assim até o fechamento desta sessão.

"É o cenário externo que deve direcionar uma tendência para o dólar hoje, principalmente à tarde, depois das declarações do Bernanke", disse o economista, em condição de anonimato.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed anuncia sua decisão sobre a taxa de juros norte-americana às 13h30 (horário de Brasília). Na sequência, às 15h, o Fed divulga suas projeções econômicas e, às 15h15, o chairman da instituição, Ben Bernanke, dará entrevista à imprensa.

A força dos fatos externos é tanta que os investidores argumentam que, pelo menos nessa sessão, o cenário interno está em segundo plano. E isso inclui até mesmo expectativas de mais ações do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio.

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