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Dólar tem ajuste e recua, mas temores fiscais persistem

No início da sessão, moeda chegou bem perto de R$2,30, nível que não atinge desde o início de setembro, mas devolveu os ganhos minutos mais tarde

Cédulas de dólar: às 10h55, o dólar caía 0,6% para 2,2750 na venda. Na véspera, saltou quase 2% para fechar em 2,2893 reais, a maior alta diária desde 21 de agosto (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 10h33.

São Paulo - O dólar recuava ligeiramente ante o real nesta quarta-feira, corrigindo parte da forte alta da sessão anterior, mas preocupações sobre a situação fiscal do país e sobre a política monetária dos EUA mantinham o mercado nervoso.

No início da sessão, a moeda norte-americana chegou bem perto de 2,30 reais, nível que não atinge desde o início de setembro, mas devolveu os ganhos minutos mais tarde com a especulação de que o Banco Central pode fazer intervenções adicionais no mercado de câmbio.

Às 10h55, o dólar caía 0,6 por cento para 2,2750 na venda. Na véspera, saltou quase 2 por cento para fechar em 2,2893 reais, a maior alta diária desde 21 de agosto, um dia antes de o BC anunciar seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio.

"O movimento exagerado de ontem sugere uma correção modesta neste pregão", disse o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.

Investidores permaneciam receosos com a piora no cenário fiscal brasileiro, após o desempenho do setor público em setembro praticamente enterrar as chances de o governo cumprir a meta de superávit primário do ano.

Em uma tentativa de acalmar os ânimos do mercado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta manhã que o país passa por uma fase transitória de maus resultados nas contas públicas, mas que haverá recuperação nos próximos meses.

"O mercado está pressionado, de olho nos índices dos Estados Unidos e no déficit fiscal do Brasil", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Galhardo.


À medida que o dólar aproximava-se de 2,30 reais, aumentavam as expectativas de intervenções adicionais do BC, possivelmente por meio de uma rolagem antecipada dos contratos de swap cambial que vencem no início de dezembro.

Para Galhardo, o patamar de 2,30 reais pode representar uma ameaça para a inflação no cenário interno e, por isso, a possibilidade de uma atuação extra no mercado de câmbio não pode ser descartada.

Nesta manhã, a autoridade monetária realizou mais um leilão de swap cambial tradicional previsto em seu programa de intervenções diárias, com a venda de 2 mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e 8 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os volumes financeiros equivalentes das operações foram de 99,5 e 396,7 milhões de dólares, respectivamente.

O mercado também aguardava a divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego dos Estados Unidos, um dos principais indicadores para se avaliar o comportamento da maior economia do mundo.

Dados positivos podem corroborar as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a reduzir seu programa de estímulos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais, já no final deste ano.

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São Paulo - O dólar recuava ligeiramente ante o real nesta quarta-feira, corrigindo parte da forte alta da sessão anterior, mas preocupações sobre a situação fiscal do país e sobre a política monetária dos EUA mantinham o mercado nervoso.

No início da sessão, a moeda norte-americana chegou bem perto de 2,30 reais, nível que não atinge desde o início de setembro, mas devolveu os ganhos minutos mais tarde com a especulação de que o Banco Central pode fazer intervenções adicionais no mercado de câmbio.

Às 10h55, o dólar caía 0,6 por cento para 2,2750 na venda. Na véspera, saltou quase 2 por cento para fechar em 2,2893 reais, a maior alta diária desde 21 de agosto, um dia antes de o BC anunciar seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio.

"O movimento exagerado de ontem sugere uma correção modesta neste pregão", disse o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.

Investidores permaneciam receosos com a piora no cenário fiscal brasileiro, após o desempenho do setor público em setembro praticamente enterrar as chances de o governo cumprir a meta de superávit primário do ano.

Em uma tentativa de acalmar os ânimos do mercado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta manhã que o país passa por uma fase transitória de maus resultados nas contas públicas, mas que haverá recuperação nos próximos meses.

"O mercado está pressionado, de olho nos índices dos Estados Unidos e no déficit fiscal do Brasil", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Galhardo.


À medida que o dólar aproximava-se de 2,30 reais, aumentavam as expectativas de intervenções adicionais do BC, possivelmente por meio de uma rolagem antecipada dos contratos de swap cambial que vencem no início de dezembro.

Para Galhardo, o patamar de 2,30 reais pode representar uma ameaça para a inflação no cenário interno e, por isso, a possibilidade de uma atuação extra no mercado de câmbio não pode ser descartada.

Nesta manhã, a autoridade monetária realizou mais um leilão de swap cambial tradicional previsto em seu programa de intervenções diárias, com a venda de 2 mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e 8 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os volumes financeiros equivalentes das operações foram de 99,5 e 396,7 milhões de dólares, respectivamente.

O mercado também aguardava a divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego dos Estados Unidos, um dos principais indicadores para se avaliar o comportamento da maior economia do mundo.

Dados positivos podem corroborar as expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a reduzir seu programa de estímulos, no valor de 85 bilhões de dólares mensais, já no final deste ano.

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