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Dólar sobe contra real, por cena política e econômica

Às 10h21, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,4818 reais na venda, após acumular avanço 4,05 por cento em quatro sessões seguidas de alta.

Dólar: mais tarde, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro (Ingram Publishing/ThinkStock)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 11h29.

São Paulo - O dólar subia frente ao real nesta quarta-feira, pelo quinto pregão seguido, por preocupações com cenário político e econômico no Brasil, mas dados mais fracos que o esperado sobre o emprego no setor privado dos Estados Unidos amorteciam o movimento.

Às 10:21, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,4818 reais na venda, após acumular avanço de 4,05 por cento em quatro sessões seguidas de alta.

"Para cada motivo que alguém encontra para vender (dólares), tem dez para comprar", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Os investidores continuavam preocupados com a possibilidade de novos golpes à credibilidade do país devido às turbulências políticas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou na véspera que a Casa deve votar na quinta-feira as contas de três ex-presidentes, abrindo caminho para eventual deliberação das contas da presidente Dilma Rousseff, ainda em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Um eventual parecer desfavorável do TCU pode dar força àqueles que defendem a abertura de um processo de impeachment.

Pesquisa da Reuters com estrategistas de câmbio aponta que o dólar deve ir a 3,50 reais em doze meses, segundo a mediana das estimativas.

No exterior, o setor privado dos EUA criou 185 mil postos de trabalho em julho, abaixo das expectativas de analistas, alimentando apostas de que o mercado como um todo pode demonstrar desempenho aquém do esperado no relatório do governo sobre empregos que será divulgado na sexta-feira.

"Não há dúvida de que o Fed não vai demorar para aumentar juros. Agora, é a hora de o mercado fazer ajustes finos, aumentando ou diminuindo pouco a pouco a chance de (alta de juros em) setembro", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Números fracos sobre o emprego podem levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a pensar duas vezes antes de aumentar os juros na reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Juros baixos nos EUA tornam mais atrativos investimentos em países com Brasil, que oferecem rendimentos elevados.

Na véspera, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou que estava pronto para apoiar uma alta de juros em setembro.

Nesta sessão, no entanto, o diretor do Fed Jerome Powell disse que o banco central ainda não decidiu se dará início ao aperto monetário no mês que vem e salientou que dados sobre o mercado de trabalho serão particularmente importantes para a decisão.

Mais tarde, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 11h29

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São Paulo - O dólar subia frente ao real nesta quarta-feira, pelo quinto pregão seguido, por preocupações com cenário político e econômico no Brasil, mas dados mais fracos que o esperado sobre o emprego no setor privado dos Estados Unidos amorteciam o movimento.

Às 10:21, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,4818 reais na venda, após acumular avanço de 4,05 por cento em quatro sessões seguidas de alta.

"Para cada motivo que alguém encontra para vender (dólares), tem dez para comprar", disse o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Os investidores continuavam preocupados com a possibilidade de novos golpes à credibilidade do país devido às turbulências políticas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou na véspera que a Casa deve votar na quinta-feira as contas de três ex-presidentes, abrindo caminho para eventual deliberação das contas da presidente Dilma Rousseff, ainda em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Um eventual parecer desfavorável do TCU pode dar força àqueles que defendem a abertura de um processo de impeachment.

Pesquisa da Reuters com estrategistas de câmbio aponta que o dólar deve ir a 3,50 reais em doze meses, segundo a mediana das estimativas.

No exterior, o setor privado dos EUA criou 185 mil postos de trabalho em julho, abaixo das expectativas de analistas, alimentando apostas de que o mercado como um todo pode demonstrar desempenho aquém do esperado no relatório do governo sobre empregos que será divulgado na sexta-feira.

"Não há dúvida de que o Fed não vai demorar para aumentar juros. Agora, é a hora de o mercado fazer ajustes finos, aumentando ou diminuindo pouco a pouco a chance de (alta de juros em) setembro", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Números fracos sobre o emprego podem levar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a pensar duas vezes antes de aumentar os juros na reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Juros baixos nos EUA tornam mais atrativos investimentos em países com Brasil, que oferecem rendimentos elevados.

Na véspera, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou que estava pronto para apoiar uma alta de juros em setembro.

Nesta sessão, no entanto, o diretor do Fed Jerome Powell disse que o banco central ainda não decidiu se dará início ao aperto monetário no mês que vem e salientou que dados sobre o mercado de trabalho serão particularmente importantes para a decisão.

Mais tarde, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 11h29

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