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Dólar se aproxima de R$3,70 por BC, política e exterior

às 9h05, o dólar avançava 0,50%, a 3,6634 reais na venda, após recuar abaixo de 3,65 reais na sessão passada

Dólares: às 9h05, o dólar avançava 0,50%, a 3,6634 reais na venda, após recuar abaixo de 3,65 reais na sessão passada (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 11h30.

São Paulo - O dólar avançava mais de 1% e novamente se aproximava de 3,70 reais nesta quinta-feira, após o Banco Central voltar a atuar por meio de swap cambial reverso, diante do noticiário político intenso no Brasil e em meio ao cenário externo desfavorável.

Às 10:51, o dólar avançava 1,31%, a 3,6929 reais na venda, após fechar abaixo de 3,65 reais na sessão passada. O dólar futuro também avançava cerca de 1,3%.

"O dólar encontrou algum suporte na ação do BC e no cenário externo, mas o ingrediente principal do mercado continua sendo político", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

O BC promoveu nesta sessão seu terceiro leilão de swap reverso neste mês, mas vendeu apenas 8,5 mil dos 20 mil contratos ofertados. A autoridade monetária também dará continuidade à rolagem dos swaps tradicionais do mês que vem com oferta de até 5,5 mil contratos. Esses derivativos correspondem, respectivamente, a compra e venda futura de dólares.

A autoridade monetária reativou os swaps reversos no fim do mês passado após três anos de desuso, no momento em que apostas de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff sairia levaram o dólar às mínimas em sete meses ante o real, na casa de 3,56 reais.

Nos últimos dias, no entanto, cresceu a percepção de que eventual troca no governo está longe de ser uma certeza. Muitos operadores acreditam que a saída de Dilma poderia atrair capitais para o Brasil.

O noticiário político nesta sessão era descrito como misto por operadores. Continuava elevada a dúvida sobre a possibilidade do impeachment, mas também repercutiu positivamente notícia da Folha de S.Paulo dizendo que a empreiteira Andrade Gutierrez fez doações ilegais às campanhas de Dilma em 2010 e 2014.

"A batalha política continua e as atenções dos agentes estão voltadas para os novos desdobramentos políticos", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

Pesquisa da Reuters com 28 estrategistas mostrou que o dólar deve subir a 4,025 reais em 12 meses, bem abaixo dos 4,250 reais projetados no mês.

A moeda norte-americana ampliou o avanço no fim da manhã na esteira do mau humor nos mercados externos, onde também subia cerca de 1% em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

Nos mercados externos, predominava a aversão a risco diante de preocupações com a fraqueza econômica global e do tombo dos preços do petróleo.

Três autoridades do Banco Central Europeu ( BCE ), incluindo o presidente Mario Draghi, reforçaram a preocupação com o cenário global, dizendo que o banco está disposto a afrouxar mais a política monetária.

Matéria atualizada às 11h29

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São Paulo - O dólar avançava mais de 1% e novamente se aproximava de 3,70 reais nesta quinta-feira, após o Banco Central voltar a atuar por meio de swap cambial reverso, diante do noticiário político intenso no Brasil e em meio ao cenário externo desfavorável.

Às 10:51, o dólar avançava 1,31%, a 3,6929 reais na venda, após fechar abaixo de 3,65 reais na sessão passada. O dólar futuro também avançava cerca de 1,3%.

"O dólar encontrou algum suporte na ação do BC e no cenário externo, mas o ingrediente principal do mercado continua sendo político", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

O BC promoveu nesta sessão seu terceiro leilão de swap reverso neste mês, mas vendeu apenas 8,5 mil dos 20 mil contratos ofertados. A autoridade monetária também dará continuidade à rolagem dos swaps tradicionais do mês que vem com oferta de até 5,5 mil contratos. Esses derivativos correspondem, respectivamente, a compra e venda futura de dólares.

A autoridade monetária reativou os swaps reversos no fim do mês passado após três anos de desuso, no momento em que apostas de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff sairia levaram o dólar às mínimas em sete meses ante o real, na casa de 3,56 reais.

Nos últimos dias, no entanto, cresceu a percepção de que eventual troca no governo está longe de ser uma certeza. Muitos operadores acreditam que a saída de Dilma poderia atrair capitais para o Brasil.

O noticiário político nesta sessão era descrito como misto por operadores. Continuava elevada a dúvida sobre a possibilidade do impeachment, mas também repercutiu positivamente notícia da Folha de S.Paulo dizendo que a empreiteira Andrade Gutierrez fez doações ilegais às campanhas de Dilma em 2010 e 2014.

"A batalha política continua e as atenções dos agentes estão voltadas para os novos desdobramentos políticos", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

Pesquisa da Reuters com 28 estrategistas mostrou que o dólar deve subir a 4,025 reais em 12 meses, bem abaixo dos 4,250 reais projetados no mês.

A moeda norte-americana ampliou o avanço no fim da manhã na esteira do mau humor nos mercados externos, onde também subia cerca de 1% em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

Nos mercados externos, predominava a aversão a risco diante de preocupações com a fraqueza econômica global e do tombo dos preços do petróleo.

Três autoridades do Banco Central Europeu ( BCE ), incluindo o presidente Mario Draghi, reforçaram a preocupação com o cenário global, dizendo que o banco está disposto a afrouxar mais a política monetária.

Matéria atualizada às 11h29

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