Exame Logo

Dólar sobe com força, de olho em política local e Fed

Às 10:13, o dólar avançava 1,63 por cento, a 3,9398 reais na venda, após atingir 3,9585 reais na máxima da sessão

Câmbio: o Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 09h42.

São Paulo - O dólar avançava mais de 1,5 por cento e girava em torno de 3,95 reais nesta quarta-feira, após o governo decidir reduzir sua meta fiscal para o ano que vem apesar da resistência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy , e antes da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que analisará a tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Às 10:13, o dólar avançava 1,63 por cento, a 3,9398 reais na venda, após atingir 3,9585 reais na máxima da sessão.

"A redução da meta fiscal enfraquece cada vez mais o Levy. A permanência dele no governo parece estar com as horas contadas", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Ele acrescentou que o mercado deve operar volátil também antes da esperada alta dos juros norte-americanos após o fechamento dos negócios, a primeira em quase uma década.

Na noite passada, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMB-PE), afirmou que vai alterar, a pedido do governo, a meta de superávit primário do setor público consolidado para cerca de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e permitir que objetivo seja zerado com abatimentos.

Levy já havia se manifestado abertamente muitas vezes contra a mudança e até ameaçou, nos bastidores, deixar o cargo caso a meta fosse alterada.

O ministro vem encabeçando a campanha pela austeridade fiscal e investidores entendem sua eventual saída do governo como um sinal de mais atrasos no reequilíbrio das contas públicas.

O movimento nos mercados era acentuado pela ansiedade antes da sessão do STF que decidirá sobre o rito do processo de impeachment contra Dilma.

De maneira geral, a campanha pelo afastamento da presidente tem sido bem recebida nos mercados, mas muitos se preocupam com os impactos econômicos da incerteza política.

Completava o quadro de cautela a aguardada reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que termina após o encerramento dos negócios. Operadores dão como certo que o encontro resultará na elevação dos juros e operadores afirmam que a reação dos mercados dependerá da sinalização do Fed sobre os próximos aumentos.

"Eu acredito que ele deve reforçar que vai ser bastante cauteloso com as próximas altas e isso pode evitar altas mais fortes do dólar", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 10h36

Veja também

São Paulo - O dólar avançava mais de 1,5 por cento e girava em torno de 3,95 reais nesta quarta-feira, após o governo decidir reduzir sua meta fiscal para o ano que vem apesar da resistência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy , e antes da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que analisará a tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Às 10:13, o dólar avançava 1,63 por cento, a 3,9398 reais na venda, após atingir 3,9585 reais na máxima da sessão.

"A redução da meta fiscal enfraquece cada vez mais o Levy. A permanência dele no governo parece estar com as horas contadas", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

Ele acrescentou que o mercado deve operar volátil também antes da esperada alta dos juros norte-americanos após o fechamento dos negócios, a primeira em quase uma década.

Na noite passada, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMB-PE), afirmou que vai alterar, a pedido do governo, a meta de superávit primário do setor público consolidado para cerca de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e permitir que objetivo seja zerado com abatimentos.

Levy já havia se manifestado abertamente muitas vezes contra a mudança e até ameaçou, nos bastidores, deixar o cargo caso a meta fosse alterada.

O ministro vem encabeçando a campanha pela austeridade fiscal e investidores entendem sua eventual saída do governo como um sinal de mais atrasos no reequilíbrio das contas públicas.

O movimento nos mercados era acentuado pela ansiedade antes da sessão do STF que decidirá sobre o rito do processo de impeachment contra Dilma.

De maneira geral, a campanha pelo afastamento da presidente tem sido bem recebida nos mercados, mas muitos se preocupam com os impactos econômicos da incerteza política.

Completava o quadro de cautela a aguardada reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que termina após o encerramento dos negócios. Operadores dão como certo que o encontro resultará na elevação dos juros e operadores afirmam que a reação dos mercados dependerá da sinalização do Fed sobre os próximos aumentos.

"Eu acredito que ele deve reforçar que vai ser bastante cauteloso com as próximas altas e isso pode evitar altas mais fortes do dólar", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Texto atualizado às 10h36

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarJoaquim LevyMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame