Exame Logo

Dólar sobe mais de 1% e supera R$3,75 influenciado por exterior

Às 11:13, o dólar avançava 0,67 por cento, a 3,7523 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,7703 reais

O dólar chegou a subir mais de 1 por cento e operava acima de 3,75 reais nesta terça-feira (Ian Waldie/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 11h34.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 11h35.

São Paulo - O dólar chegou a subir mais de 1 por cento e operava acima de 3,75 reais nesta terça-feira, sob influência do exterior em meio às expectativas pelo desfecho das eleições parlamentares norte-americanas, e ainda monitorando o noticiário político doméstico.

Às 11:13, o dólar avançava 0,67 por cento, a 3,7523 reais na venda, depois de bater a máxima de 3,7703 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,6 por cento.

Veja também

"A configuração das Casas é importante para determinar o grau de dificuldade que terá Donald Trump nos seus últimos dois anos de mandato", disse o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello, citando expectativas de que o partido Republicano do presidente norte-americano deve manter o Senado enquanto os democratas devem ficar com a maioria na Câmara.

O dólar rondava a estabilidade ante a cesta de moedas com o mercado aguardando o resultado da eleição norte-americana e as consequências para a maior economia do mundo.

Analistas acreditam que o dólar deve cair com um Congresso dividido, já que é improvável que qualquer novo estímulo fiscal possa ser lançado para contrabalançar as previsões de desaceleração do crescimento econômico dos EUA no próximo ano.

A moeda norte-americana subia ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, os investidores seguiam monitorando o noticiário político, em dia de visita do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a Brasília, onde participa de sessão solene dos 30 anos da Constituição na Câmara dos Deputados. Na quarta-feira ele irá se reunir com o presidente Michel Temer.

Na véspera, Bolsonaro afirmou que o governo fará "alguma reforma da Previdência" no começo do ano que vem. E ponderou que a Previdência pode receber ajustes graduais com o mesmo resultado de uma reforma mais profunda e sem levar alarde à população.

Ao mostrar desconfiança sobre o modelo de capitalização proposto por seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, Bolsonaro trouxe um pouco de cautela ao mercado, diante da indefinição ainda do que será de fato proposto e perseguido.

"O mercado está evitando tomar posições até ter um cenário mais claro, mas a moeda em alta acabou gerando 'stop loss' ao redor dos 3,75 reais, atraindo mais compradores", disse um profissional da mesa de câmbio de uma corretora ao explicar o repique da moeda mais cedo.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame