Dólar sobe com BoJ, Ptax e dados fiscais
No exterior, a moeda dos Estados Unidos ganha força ante suas principais rivais
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2014 às 10h00.
O dólar à vista no balcão estendeu na abertura dos negócios a queda da véspera, porém inverteu a direção ainda na primeira meia hora de negócios, com fatores internos e externos.
No exterior, a moeda dos Estados Unidos ganha força ante suas principais rivais após o Banco Central do Japão (BoJ) aumentar os estímulos à economia do país. Internamente, dados negativos sobre as contas públicas do Brasil sustentam a pressão para cima. As operações também são influenciados pela formação da Ptax do fim de outubro.
Às 10h10, o dólar à vista valia R$ 2,4280, em alta de 0,62%, na máxima cotação do dia até então. Na abertura, foi cotado a R$ 2,4000 (-0,54%).
No mercado internacional, a moeda dos EUA valia 111,64 ienes no mesmo horário, ante 109,24 ienes no fim da tarde de ontem. Mais cedo, o dólar ante a moeda japonesa tocava níveis não vistos desde 2008.
A decisão do BoJ foi tomada dois depois de o Federal Reserve pôr fim ao programa que injetou bilhões na economia norte-americana desde 2008 e de o Banco Central do Brasil elevar de forma inesperada a Selic.
O BC japonês aumentou o volume anual das suas compras de ativos para 80 trilhões de ienes, acima do intervalo de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes até então e disse que tal política será mantida pelo tempo que for necessário para atingir a meta de inflação, de 2%.
A alta de preços no país, também anunciada nesta sexta-feira, 31, e de 1% em setembro, contudo, reforçou o ceticismo quanto ao alcance de tal objetivo.
O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse mais cedo que o banco central ainda tem munição de política monetária, rejeitando a ideia de que tem pouco a fazer, diante de uma inflação baixa e crescimento contido.
"Nossa postura declarada é que vamos ajustar a nossa política, sem qualquer hesitação, se considerado necessário", afirmou Kuroda, em uma coletiva de imprensa.
No Brasil, o Tesouro Nacional informou hoje que o governo da presidente Dilma Rousseff passou a registrar um rombo nas suas contas em 2014.
Com um déficit de R$ 20,399 bilhões nas contas em setembro, o resultado acumulado no ano passou de um superávit para um déficit primário de R$ 15,705 bilhões. É a primeira vez que isso ocorre desde 1997, quando teve início da série histórica.
O resultado torna praticamente impossível o cumprimento da meta de superávit primário para 2014, de R$ 80,774 bilhões, e da meta de R$ 99 bilhões para todo o setor público.
O dado de setembro ficou abaixo da mediana dos analistas de mercado, de um valor negativo de R$ 12,9 bilhões e fora do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um resultado negativo de R$ 9,100 bilhões a R$ 15,200 bilhões.
O dólar à vista no balcão estendeu na abertura dos negócios a queda da véspera, porém inverteu a direção ainda na primeira meia hora de negócios, com fatores internos e externos.
No exterior, a moeda dos Estados Unidos ganha força ante suas principais rivais após o Banco Central do Japão (BoJ) aumentar os estímulos à economia do país. Internamente, dados negativos sobre as contas públicas do Brasil sustentam a pressão para cima. As operações também são influenciados pela formação da Ptax do fim de outubro.
Às 10h10, o dólar à vista valia R$ 2,4280, em alta de 0,62%, na máxima cotação do dia até então. Na abertura, foi cotado a R$ 2,4000 (-0,54%).
No mercado internacional, a moeda dos EUA valia 111,64 ienes no mesmo horário, ante 109,24 ienes no fim da tarde de ontem. Mais cedo, o dólar ante a moeda japonesa tocava níveis não vistos desde 2008.
A decisão do BoJ foi tomada dois depois de o Federal Reserve pôr fim ao programa que injetou bilhões na economia norte-americana desde 2008 e de o Banco Central do Brasil elevar de forma inesperada a Selic.
O BC japonês aumentou o volume anual das suas compras de ativos para 80 trilhões de ienes, acima do intervalo de 60 trilhões de ienes a 70 trilhões de ienes até então e disse que tal política será mantida pelo tempo que for necessário para atingir a meta de inflação, de 2%.
A alta de preços no país, também anunciada nesta sexta-feira, 31, e de 1% em setembro, contudo, reforçou o ceticismo quanto ao alcance de tal objetivo.
O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse mais cedo que o banco central ainda tem munição de política monetária, rejeitando a ideia de que tem pouco a fazer, diante de uma inflação baixa e crescimento contido.
"Nossa postura declarada é que vamos ajustar a nossa política, sem qualquer hesitação, se considerado necessário", afirmou Kuroda, em uma coletiva de imprensa.
No Brasil, o Tesouro Nacional informou hoje que o governo da presidente Dilma Rousseff passou a registrar um rombo nas suas contas em 2014.
Com um déficit de R$ 20,399 bilhões nas contas em setembro, o resultado acumulado no ano passou de um superávit para um déficit primário de R$ 15,705 bilhões. É a primeira vez que isso ocorre desde 1997, quando teve início da série histórica.
O resultado torna praticamente impossível o cumprimento da meta de superávit primário para 2014, de R$ 80,774 bilhões, e da meta de R$ 99 bilhões para todo o setor público.
O dado de setembro ficou abaixo da mediana dos analistas de mercado, de um valor negativo de R$ 12,9 bilhões e fora do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um resultado negativo de R$ 9,100 bilhões a R$ 15,200 bilhões.