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Dólar sobe ante real de olho no petróleo e na cena política local

Às 10:15, o dólar avançava 0,46 por cento, a 3,4001 reais na venda, depois de ter recuado 0,85 por cento na véspera

Dólar: no exterior, o dólar subia ante moedas emergentes nesta manhã, com destaque para o rand sul-africano e os pesos chileno e mexicano (AFP/AFP)

Dólar: no exterior, o dólar subia ante moedas emergentes nesta manhã, com destaque para o rand sul-africano e os pesos chileno e mexicano (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 10h46.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real na manhã desta terça-feira, afetado pela forte queda nos preços do petróleo e com o mercado também atento à cena política local, em mais um dia sem intervenção do Banco Central.

Às 10:15, o dólar avançava 0,46 por cento, a 3,4001 reais na venda, depois de ter recuado 0,85 por cento na véspera. O dólar futuro operava com alta de cerca de 0,45 por cento nesta manhã.

"O petróleo é a principal referência nesta sessão e, depois de meses, finalmente amanhã sai uma decisão sobre a produção", comentou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Os preços do petróleo caíam nesta sessão com sinais de que os principais exportadores de petróleo estavam tendo dificuldades para chegar a um acordo para cortar a produção para reduzir o excesso de oferta global.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reunirá na quarta-feira em Viena, com o objetivo de implementar um acordo, previsto em setembro, para reduzir a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia, de cerca de 33,82 milhões de bpd em outubro.

No exterior, o dólar subia ante moedas emergentes nesta manhã, com destaque para o rand sul-africano e os pesos chileno e mexicano.

"Há nervosismo com a reunião da Opep, porque as pessoas não acreditam muito nas chances de um acordo, mas há também desconforto com a situação política (brasileira)", comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Está prevista para a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos em primeiro turno no Senado. A votação ganhou ainda mais importância porque pode sinalizar se o governo conseguiu estancar a crise política que na semana passada respingou no presidente Michel Temer e levou à demissão de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo.

O BC, por enquanto, novamente não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial.

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