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Dólar sobe ante real, de olho em pesquisas eleitorais

Moeda norte-americana subiu 0,50 por cento, a 2,3979 reais na venda, após chegar a 2,3587 reais na mínima da sessão

Notas de dólar: segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 700 milhões dólares (Bay Ismoyo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 17h21.

São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, mas chegou a cair 1 por cento logo após o início dos negócios, com investidores se preparando para a divulgação das primeiras pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope sobre o segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo analistas, a volatilidade deve continuar sendo a regra nas próximas semanas, em meio à disputa acirrada entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

A moeda norte-americana subiu 0,50 por cento, a 2,3979 reais na venda, após chegar a 2,3587 reais na mínima da sessão, com queda de 1,14 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 700 milhões dólares.

A divisa havia caído nas últimas quatro sessões, acumulando baixa de 4,25 por cento ante o real.

"O mercado tem se resumido a isto: eleições", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. "Isso significa que o mercado vai continuar volátil, especialmente em dia de pesquisa".

A moeda norte-americana abriu em forte queda, após pesquisa eleitoral do Instituto Paraná publicado na véspera no site da Revista Época mostrar Aécio, preferido pelos mercados por prometer uma política econômica mais ortodoxa, com 54 por cento dos votos válidos, contra 46 por cento de Dilma.

A notícia alimentou momentaneamente pela manhã expectativas de que o tucano apareça à frente da atual presidente também nos levantamentos do Datafolha e do Ibope, que são mais acompanhados pelos mercados e devem ser divulgados ainda nesta quinta-feira.

Mas o movimento perdeu força e a divisa firmou-se em alta durante a tarde, à medida que investidores voltaram a adotar cautela antes da divulgação dos levantamentos. "As pesquisas vão dar o tom do mercado nos próximos dias e, durante a tarde, parece que o mercado mudou para o modo de 'esperar para ver'", afirmou o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

Também contribuiu para tirar o dólar das mínimas do dia a alta da divisa norte-americana contra moedas como o euro e o peso mexicano. Operadores identificaram esse movimento como uma correção após a forte queda da véspera, quando o Federal Reserve, banco central dos EUA, sinalizou que pode demorar mais que o esperado para elevar os juros.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,4 mil contratos para 1º de junho e 600 para 1º de setembro, com volume correspondente a 197,8 milhões de dólares.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 31 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares.

Texto atualizado às 17h20min do mesmo dia.

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São Paulo - O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, mas chegou a cair 1 por cento logo após o início dos negócios, com investidores se preparando para a divulgação das primeiras pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope sobre o segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo analistas, a volatilidade deve continuar sendo a regra nas próximas semanas, em meio à disputa acirrada entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

A moeda norte-americana subiu 0,50 por cento, a 2,3979 reais na venda, após chegar a 2,3587 reais na mínima da sessão, com queda de 1,14 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 700 milhões dólares.

A divisa havia caído nas últimas quatro sessões, acumulando baixa de 4,25 por cento ante o real.

"O mercado tem se resumido a isto: eleições", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. "Isso significa que o mercado vai continuar volátil, especialmente em dia de pesquisa".

A moeda norte-americana abriu em forte queda, após pesquisa eleitoral do Instituto Paraná publicado na véspera no site da Revista Época mostrar Aécio, preferido pelos mercados por prometer uma política econômica mais ortodoxa, com 54 por cento dos votos válidos, contra 46 por cento de Dilma.

A notícia alimentou momentaneamente pela manhã expectativas de que o tucano apareça à frente da atual presidente também nos levantamentos do Datafolha e do Ibope, que são mais acompanhados pelos mercados e devem ser divulgados ainda nesta quinta-feira.

Mas o movimento perdeu força e a divisa firmou-se em alta durante a tarde, à medida que investidores voltaram a adotar cautela antes da divulgação dos levantamentos. "As pesquisas vão dar o tom do mercado nos próximos dias e, durante a tarde, parece que o mercado mudou para o modo de 'esperar para ver'", afirmou o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.

Também contribuiu para tirar o dólar das mínimas do dia a alta da divisa norte-americana contra moedas como o euro e o peso mexicano. Operadores identificaram esse movimento como uma correção após a forte queda da véspera, quando o Federal Reserve, banco central dos EUA, sinalizou que pode demorar mais que o esperado para elevar os juros.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,4 mil contratos para 1º de junho e 600 para 1º de setembro, com volume correspondente a 197,8 milhões de dólares.

O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 31 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares.

Texto atualizado às 17h20min do mesmo dia.

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