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Dólar sobe acompanhando exterior após dados fracos da China

Às 10:20, o dólar avançava 0,58 por cento, a 3,9027 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,72 por cento, a 3,8802 reais

Dólar: cenário exterior puxa alta da moeda (Burak Karademir/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 09h25.

Última atualização em 14 de dezembro de 2018 às 10h40.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando o mercado internacional após dados fracos sobre a economia chinesa reacenderam as preocupações com a desaceleração global, reforçadas por números europeus.

Às 10:20, o dólar avançava 0,58 por cento, a 3,9027 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,72 por cento, a 3,8802 reais. O dólar futuro tinha elevação de 0,26 por cento.

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"A desaceleração chinesa e europeia... reflete os prejuízos causados pela prolongada indefinição comercial entre Estados Unidos e China", disse o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

As vendas no varejo da China cresceram em novembro no ritmo mais fraco desde 2003 e a produção industrial aumentou à taxa mais fraca em quase três anos uma vez que a economia perdeu ainda mais força, aumentando a pressão sobre Pequim para acabar com a disputa comercial com os Estados Unidos.

Na Europa, as empresas se expandiram ao ritmo mais lento em mais de quatro anos em dezembro, segundo o índice de Gerentes de compras (PMI). A informação se somou às previsões menores para o crescimento econômico e inflação feitas na véspera pelo Banco Central Europeu (BCE) para a zona do euro.

Com isso, o euro recuava ante o dólar. A moeda norte-americana, por sua vez, subia ante a cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano. O dólar subia até mesmo ante o rublo, depois que o banco central do país subiu a taxa básica de juros, contrariando as expectativas majoritárias de manutenção.

Os investidores também seguiam acompanhando as negociações sobre o Brexit, no Reino Unido, e também para um acordo entre União Europeia e Itália sobre o orçamento do país para 2019.

A Comissão Europeia havia rejeitado a proposta anterior de Orçamento, que estabelecia a meta de déficit em 2,4 por cento do Produto Interno Bruto anual da Itália, mas após semanas de ataques recíprocos o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou que está reduzindo a meta para 2,04 por cento.

Já no Reino Unido, a tentativa da primeira-ministra Theresa May de obter garantias da UE para seu acordo do Brexit foi considerada por adversários como um fracasso humilhante que não serviu em nada para romper o impasse parlamentar sobre a separação britânica do bloco.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 10,373 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o dia 21, terá feito a rolagem integral.

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