Mercados

Dólar sobe a R$3,30 com temores de guerra comercial

Às 10:25, o dólar avançava 0,81 por cento, a 3,2875 reais na venda, depois de ir a 3,2960 reais na máxima deste pregão

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de março de 2018 às 10h47.

Última atualização em 15 de março de 2018 às 11h27.

São Paulo - O dólar subia e voltava a encostar no patamar de 3,30 reais nesta quinta-feira, acompanhando a cena externa em meio aos temores cada vez maiores de possibilidade de guerra comercial desencadeada pela política mais protecionista nos Estados Unidos.

Às 10:25, o dólar avançava 0,81 por cento, a 3,2875 reais na venda, depois de ir a 3,2960 reais na máxima deste pregão, com alta de cerca de 1 por cento. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,80 por cento.

"O que está contribuindo para a cautela é a insegurança com o governo norte-americano ainda mais guinado ao protecionismo, cercando-se de pessoas mais conservadoras", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de pesadas tarifas para as importações de aço e alumínio, gerando reações no mundo todo e que acabou afetando a sua própria equipe.

O então assessor econômico Gary Cohn deixou o cargo, para ser substituído por Larry Kudlow, um republicano que atuou como conselheiro econômico do ex-presidente Ronald Reagan na década de 1980.

Além disso, Trump promete impor tarifas sobre 60 bilhões de dólares de importações norte-americanas da China, elevando os temores da guerra comercial global.

Em meio às tensões comerciais, os investidores em moedas no exterior procuravam o iene, que subia ante o dólar. O iene deve ser o principal beneficiário de qualquer aumento do protecionismo comercial, dado o forte excedente da conta corrente do Japão e a reputação da moeda de ser um refúgio seguro.

A moeda norte-americana, no entanto, avançava ante a cesta e também ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em abril e somam 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólar

Mais de Mercados

"O mundo está passando por um processo grande de transformação", diz André Leite, CIO da TAG

Ibovespa opera em alta de olho em relatório bimestral de despesas; dólar cai a R$ 5,554

Ações da Ryanair caem quase 15% após lucro da empresa desabar

Desistência de Biden, relatório de despesas, balanços e juros na China: o que move o mercado

Mais na Exame