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Dólar sobe 1% por BC, mas reduz avanço com dado dos EUA

Moeda norte-americana tinha leve alta de 0,31 por cento, a 3,1371 reais na venda, após chegar a subir 1,33 por cento nos primeiros negócios

Dólar: às 10h31, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,31 por cento (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 11h05.

O dólar chegou a subir 1 por cento ante o real nesta terça-feira após o Banco Central anunciar que não renovará o programa de intervenções diárias no câmbio além deste mês, mas anulou rapidamente o avanço diante de avaliações de que o mercado já havia se antecipado a essa decisão e números mais fracos que o esperado nos Estados Unidos.

Às 10h31, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,31 por cento, a 3,1371 reais na venda, após chegar a subir 1,33 por cento nos primeiros negócios. Nas últimas três sessões, a divisa caiu 5,13 por cento.

Após o fechamento dos negócios na véspera, o BC anunciou que deixará de ofertar diariamente swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, a partir de abril.

Mas assegurou que vai rolar integralmente os contratos que vencem a partir de 1º de maio, "levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado".

"São 2 bilhões de dólares que o BC deixa de injetar no mercado por mês, então nós vamos ter de contar com fluxo positivo para ver um alívio no câmbio", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

"Isso vai ser sentido na tendência do dólar nas próximas semanas, mas a decisão em si já era mais ou menos esperada".

Autoridades do BC já vinham afirmando que o atual estoque de swaps cambiais, correspondente a cerca de 115 bilhões de dólares, já atende à demanda por proteção da economia brasileira.

Esse discurso foi repetido na véspera pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

De maneira geral, agentes financeiros receberam bem a notícia. Tanto o Goldman Sachs quanto o BNP Paribas elogiaram a decisão e salientaram que o atual estoque de swaps tem gerado crescentes custos fiscais ao BC.

"Nos moldes que assumiu nos últimos meses, a eficácia da intervenção claramente se dissipou.

O impacto marginal de um leilão diário de 100 milhões de dólares em swap era quase inócuo quando ajustado para o tamanho do mercado de câmbio brasileiro", escreveram os estrategistas do BNP Paribas Gabriel Gersztein e Thiago Alday em nota a clientes.

A perspectiva de rolagens integrais e a afirmação, da parte do BC, de que a autoridade monetária poderá realizar operações adicionais "por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance" também contribuíam para limitar a pressão cambial.

Cena externa

Nos mercados internacionais, o dólar perdia terreno contra outras moedas importantes, após as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente recuarem em fevereiro.

Investidores vêm monitorando de perto indicadores econômicos da maior economia do mundo para avaliar se o Federal Reserve terá margem para elevar os juros em junho ou se deixará o início do aperto monetário para o segundo semestre.

"Estamos vendo por aqui principalmente vendas (de dólares) por estrangeiros, na esteira desse número. O investidor local segue cauteloso", afirmou Abucater.

Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a 98 milhões de dólares.

Foram vendidos 1.400 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 600 para 1º de março de 2016.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos.

Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 61 por cento do lote total.

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O dólar chegou a subir 1 por cento ante o real nesta terça-feira após o Banco Central anunciar que não renovará o programa de intervenções diárias no câmbio além deste mês, mas anulou rapidamente o avanço diante de avaliações de que o mercado já havia se antecipado a essa decisão e números mais fracos que o esperado nos Estados Unidos.

Às 10h31, a moeda norte-americana tinha leve alta de 0,31 por cento, a 3,1371 reais na venda, após chegar a subir 1,33 por cento nos primeiros negócios. Nas últimas três sessões, a divisa caiu 5,13 por cento.

Após o fechamento dos negócios na véspera, o BC anunciou que deixará de ofertar diariamente swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, a partir de abril.

Mas assegurou que vai rolar integralmente os contratos que vencem a partir de 1º de maio, "levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado".

"São 2 bilhões de dólares que o BC deixa de injetar no mercado por mês, então nós vamos ter de contar com fluxo positivo para ver um alívio no câmbio", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

"Isso vai ser sentido na tendência do dólar nas próximas semanas, mas a decisão em si já era mais ou menos esperada".

Autoridades do BC já vinham afirmando que o atual estoque de swaps cambiais, correspondente a cerca de 115 bilhões de dólares, já atende à demanda por proteção da economia brasileira.

Esse discurso foi repetido na véspera pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

De maneira geral, agentes financeiros receberam bem a notícia. Tanto o Goldman Sachs quanto o BNP Paribas elogiaram a decisão e salientaram que o atual estoque de swaps tem gerado crescentes custos fiscais ao BC.

"Nos moldes que assumiu nos últimos meses, a eficácia da intervenção claramente se dissipou.

O impacto marginal de um leilão diário de 100 milhões de dólares em swap era quase inócuo quando ajustado para o tamanho do mercado de câmbio brasileiro", escreveram os estrategistas do BNP Paribas Gabriel Gersztein e Thiago Alday em nota a clientes.

A perspectiva de rolagens integrais e a afirmação, da parte do BC, de que a autoridade monetária poderá realizar operações adicionais "por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance" também contribuíam para limitar a pressão cambial.

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Nos mercados internacionais, o dólar perdia terreno contra outras moedas importantes, após as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente recuarem em fevereiro.

Investidores vêm monitorando de perto indicadores econômicos da maior economia do mundo para avaliar se o Federal Reserve terá margem para elevar os juros em junho ou se deixará o início do aperto monetário para o segundo semestre.

"Estamos vendo por aqui principalmente vendas (de dólares) por estrangeiros, na esteira desse número. O investidor local segue cauteloso", afirmou Abucater.

Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume equivalente a 98 milhões de dólares.

Foram vendidos 1.400 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 600 para 1º de março de 2016.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos.

Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 61 por cento do lote total.

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