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Dólar sobe 1% e volta a superar R$2,35 por expectativa

Federal Reserve pode anunciar novo corte de 10 bilhões de dólares no programa de compra de títulos na reunião de 28 e 29 de janeiro

Dólar: às 11h59, a moeda norte-americana avançava 0,88 por cento, a 2,3589 reais na venda. Na segunda-feira, a divisa terminou com queda de 0,34 por cento, a 2,3383 reais (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 13h35.

São Paulo - O dólar subia 1 por cento nesta terça-feira e voltava a superar o nível de 2,35 reais, após o amplo recuo visto nas últimas sessões e em reação a novos sinais sobre a possibilidade de o banco central dos Estados Unidos manter neste mês o ritmo de cortes no programa de compra de títulos.

Às 11h59, a moeda norte-americana avançava 0,88 por cento, a 2,3589 reais na venda. Na segunda-feira, a divisa terminou com queda de 0,34 por cento, a 2,3383 reais, menor patamar de fechamento desde 17 de dezembro. O nível de 2,35 reais é identificado por analistas como um importante patamar de resistência.

"Está prevalecendo no mercado internacional a notícia de que o Fed pode promover mais um corte igual no estímulo na próxima reunião e o real está seguindo nessa esteira", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Segundo notícia publicada na versão online do Wall Street Journal, o Federal Reserve pode anunciar novo corte de 10 bilhões de dólares no programa de compra de títulos na reunião de 28 e 29 de janeiro, reduzindo ainda mais a oferta global de liquidez. A informação vem após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano levantarem dúvidas sobre a recuperação dos EUA e o futuro do estímulo monetário.

O fortalecimento do dólar é um movimento global, mas a depreciação do real é mais intensa do que a da maioria de seus pares. Isso depois de a moeda norte-americana acumular perda de mais de 1 por cento nas últimas duas sessões. O dólar australiano, por exemplo, recuava 0,10 por cento ante a moeda dos EUA, enquanto a divisa norte-americana subia 0,40 por cento sobre o peso mexicano.

"Depois que o dólar caiu abaixo de 2,35 reais, o pessoal aproveitou a notícia para comprar", disse o operador de uma corretora internacional.

O movimento vinha a despeito da constante intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio. Nesta sessão, vendeu a oferta total de 4 mil swaps tradicionais --equivalentes a venda futura de dólares-- com vencimento em 1º de setembro deste ano, com volume financeiro equivalente a 197,8 milhões de dólares. A autoridade monetária também ofertou swaps com vencimento em 2 de maio, mas não vendeu nenhum.

Além disso, o BC fez nesta sessão a quarta etapa da rolagem dos contratos com vencimento em 3 de fevereiro, vendendo a oferta total de 25 mil swaps. Com isso, já rolou cerca de 45 por cento do lote total do mês que vem, equivalente a 11,028 bilhões de dólares.

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São Paulo - O dólar subia 1 por cento nesta terça-feira e voltava a superar o nível de 2,35 reais, após o amplo recuo visto nas últimas sessões e em reação a novos sinais sobre a possibilidade de o banco central dos Estados Unidos manter neste mês o ritmo de cortes no programa de compra de títulos.

Às 11h59, a moeda norte-americana avançava 0,88 por cento, a 2,3589 reais na venda. Na segunda-feira, a divisa terminou com queda de 0,34 por cento, a 2,3383 reais, menor patamar de fechamento desde 17 de dezembro. O nível de 2,35 reais é identificado por analistas como um importante patamar de resistência.

"Está prevalecendo no mercado internacional a notícia de que o Fed pode promover mais um corte igual no estímulo na próxima reunião e o real está seguindo nessa esteira", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Segundo notícia publicada na versão online do Wall Street Journal, o Federal Reserve pode anunciar novo corte de 10 bilhões de dólares no programa de compra de títulos na reunião de 28 e 29 de janeiro, reduzindo ainda mais a oferta global de liquidez. A informação vem após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano levantarem dúvidas sobre a recuperação dos EUA e o futuro do estímulo monetário.

O fortalecimento do dólar é um movimento global, mas a depreciação do real é mais intensa do que a da maioria de seus pares. Isso depois de a moeda norte-americana acumular perda de mais de 1 por cento nas últimas duas sessões. O dólar australiano, por exemplo, recuava 0,10 por cento ante a moeda dos EUA, enquanto a divisa norte-americana subia 0,40 por cento sobre o peso mexicano.

"Depois que o dólar caiu abaixo de 2,35 reais, o pessoal aproveitou a notícia para comprar", disse o operador de uma corretora internacional.

O movimento vinha a despeito da constante intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio. Nesta sessão, vendeu a oferta total de 4 mil swaps tradicionais --equivalentes a venda futura de dólares-- com vencimento em 1º de setembro deste ano, com volume financeiro equivalente a 197,8 milhões de dólares. A autoridade monetária também ofertou swaps com vencimento em 2 de maio, mas não vendeu nenhum.

Além disso, o BC fez nesta sessão a quarta etapa da rolagem dos contratos com vencimento em 3 de fevereiro, vendendo a oferta total de 25 mil swaps. Com isso, já rolou cerca de 45 por cento do lote total do mês que vem, equivalente a 11,028 bilhões de dólares.

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